Após as duas maiores regiões de atingirem 100% de ocupação em UTI (Unidades de Terapia Intensiva), restam apenas 10 leitos críticos disponíveis para pacientes com em estado grave. Os dados constam no painel ‘Mais Saúde’, da SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Conforme as informações repassadas pelos próprios hospitais, 97,37% dos leitos UTI estão ocupados, isso significa que existem 370 pacientes internados nos 380 leitos exclusivos para tratamento da disponíveis.

Um dos parâmetros para avaliar o avanço dos casos graves da Covid-19 é pelo HRMS ( Regional de Mato Grosso do Sul), referência do governo para tratamento pelo SUS. Na segunda-feira (08), o hospital entrou em colapso ao atingir 100% das vagas ocupadas. Além disso, no boletim oficial, o HRMS informa que 4 pessoas estão na ala vermelha.

A situação ficou mais crítica no início dessa semana, quando as macrorregiões de e entraram em colapso, com 100% dos leitos UTI ocupados.

Na Capital, enquanto a prefeitura corre contra o tempo para habilitar 45 novos leitos UTI, o município tem taxa de ocupação de 103,5% em leitos críticos para pacientes com Covid-19. São 504 leitos UTI geral, que estão com taxa de ocupação de 92,66%. Já para vagas exclusivas de pacientes com Covid-19 são 206 leitos, todos ocupados.

À espera de mais leitos

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) negocia a ampliação de 45 leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais particulares de Campo Grande para atender pacientes do SUS. Assim, o município chegaria a 330 leitos críticos.

A informação é do secretário municipal de Saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho. “Foram criados 7 [leitos UTI] na Clínica Campo Grande e estamos vendo no e em outros hospitais também. Estamos renegociando a questão do contrato. Queremos chegar ao nível de 330 leitos disponíveis em Campo Grande para atender todas as demandas, não só Covid-19″, informou.

Situação crítica

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, disse ao Jornal Midiamax que a situação dos leitos em UTIs é crítica. “Não temos médicos e fisioterapeutas no mercado. Há também o abandono de médicos em escala de plantões, um de deserção. Esse é o quadro hoje e não temos como expandir [o número de leitos]”, declarou.

Outro fator de preocupação da SES é a circulação da variante do coronavírus, que já está no Estado. Isso porque a nova cepa tem maior poder de transmissão, o que justifica o aumento no número dos casos neste período.

Se o avanço continuar nesse ritmo, MS poderá ter falta de leitos UTI em breve. “Estamos com dificuldade em todos os estados sob pena de médicos plantonistas terem que optar quem vai usar ou não o ventilador”, pontuou.