Mais ‘flexível’, barreira sanitária na rodoviária de Campo Grande causa dúvida em passageiros

Barreira oferece testagem e vacinação contra a Covid, mas não é obrigatório

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A barreira sanitária na Rodoviária de Campo Grande tem esquema informativo e atua convidando os passageiros a se vacinarem e se testarem contra a Covid, mas a dinâmica tem causando dúvidas em quem desembarca na Capital. Diferente das primeiras barreiras sanitárias instaladas nos períodos críticos da pandemia, a atual é mais “flexível”, não aborda um por um, não obriga a testagem e também não exige apresentação do certificado de vacinação. 

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Sala de vacinação e testagem na rodoviária | Foto: Ranziel Oliveira

Jovino da Conceição, de 70 anos, chegou de Corumbá e preparado para qualquer abordagem, chegou inclusive com o certificado de vacinação em mãos. “Disseram que iria ter a barreira, mas ninguém me parou, não. Acredito que deve ter a barreira, porque muita gente não se vacinou”, pontuou.

O vendedor Filipe Matos, de 34 anos, questionou a barreira, afirmando que as autoridades sanitárias deveriam ser mais rígidas com quem chega até a Capital.

“Corro esse mundão desde 2019, passei por vários lugares, não só em rodoviárias, e aqui só estão chamando as pessoas para se vacinar. Precisa de maior estímulo, poderia melhorar já que tem muita gente que não se vacinou”, disse. Filipe chegou de Ponta Porã, região de fronteira.

A jovem Bruna Messias, de 18 anos, disse que chegou de Nova Alvorada do Sul e que imaginou uma barreira mais rígida. “Eu vi um monte de gente passando como se tivessem tomado a vacina. Deveriam abordar todo mundo, todos tem a possibilidade de pegar a Covid”, comentou.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), disse que assim como no Aeroporto Internacional, os passageiros recebem informativos e são convidados a se vacinarem ou se testarem. Não é obrigatório passar por nenhum dos procedimentos. Entre domingo (12) e terça-feira (14), 424 pessoas foram vacinadas na rodoviária e 21 realizaram testagem. Ninguém testou positivo.

Passaporte obrigatório na fronteira

A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso determinou no último sábado a obrigatoriedade do passaporte da vacina para todos os viajantes do exterior que desembarcar no Brasil, teve 5 votos favoráveis.

Nesta quarta-feira (15), Rosa Weber, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, também votaram a favor da obrigatoriedade, junto com Barrosos.

Caso os viajantes não tenham o “passaporte da vacina” deverão se submeter a quarentena de cinco dias, seguido de um teste PCR. Para Barroso, “cabe às autoridades sanitárias regulamentarem o monitoramento e as consequências da inobservância de tais determinações” completou o ministro. 

Serão dispensados de apresentar o passaporte da vacina, apenas aqueles dispensados por razões médicas ou quem venha de um país em que comprovadamente não haja vacina disponível.

Na segunda-feira (13), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) declarou, que a exigência de comprovante de vacinação (ou passaporte da vacina) deve ser feita em todos os “postos de fronteira, especialmente de aeroportos” para o cumprimento da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Com isso, Mato Grosso do Sul deverá exigir o comprovante de imunização de estrangeiros que cruzarem a divisa. 

 

 

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