excluído por puxar canto que desmerecia a função de escrivão na Acadepol-MS (Academia da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul)

Caso

No último dia 3 de maio, a Acadepol-MS excluiu o aluno do curso de formação para investigador, conforme edital publicado no Diário Oficial do Estado.

De acordo com os editais, após aprovação em concurso, o aluno foi notificado em julho do ano passado para efetuar a matrícula e desde então vinha participando da formação, até ser excluído. O ‘grito de guerra’, entoado no vídeo, repercutiu negativamente inclusive fora do estado, já que outras instituições se manifestaram exigindo respeito entre todas as categorias e funções desempenhadas pelos profissionais da segurança pública.

“Escrivão não é polícia e só sabe digitar, se tem guerra e terror é o tira [investigador] que vão chamar; oh escrivão não adianta; você pode até tentar; mas como um investigador você nunca vai vibrar; sua arma é o teclado, um carimbo e uma caneta; enquanto o investigador amedronta até o capeta”, cantaram enfileirados os futuros policiais civis durante o curso em Campo Grande.

Na ocasião, a Acadepol-MS chegou a publicar nota de esclarecimento, dizendo que adotaria medidas administrativas. “ […] a formação profissional de cada uma das carreiras que compõe o grupo Polícia Civil, reveste-se de importância ímpar e única, de modo que não há qualquer prevalência de relevância entre elas, mas diversidade de atuação, ressaltando a necessidade de que haja perfeita harmonia e respeito pelo trabalho desenvolvido por cada grupo profissional, desde o mais incipiente na função até o que detém maior tempo de atuação”, disse naquela época. A medida foi a exclusão do aluno.