Esperada há anos, reforma da antiga rodoviária começa ainda em agosto

Comerciantes do local esperam com ansiedade revitalização do espaço na região central da cidade

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Reforma da antiga rodoviária de Campo Grande, aguardada há anos, deve começar ainda neste mês. Cerca de 9%, ou 6 mil metros quadrados do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, como é chamado, pertence ao município — esta será a área objeto de revitalização. Depois, a Funsat (Fundação Social do Trabalho) e Guarda Municipal serão levados para o local.

Segundo a coordenadora de projetos do Executivo, Catiana Sabadin, outras intervenções serão feitas no entorno. A previsão de investimento é de R$ 15,6 milhões com a reforma do prédio. Quando anunciado, o projeto previa obra na antiga plataforma de embarque e desembarque dos ônibus interurbanos, que seria adaptada para receber várias repartições municipais.

Na ocasião, a ideia era levar além da Guarda Municipal e Funsat, Central do IPTU, setor da Semadur, área de atendimento aos mutuários da Agência Municipal de Habitação e dos beneficiários dos programas sociais gerenciados pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Ainda, integração (por elevador e escada) entre o térreo e o piso superior da estrutura, que será fechada nas laterais que dão acesso para as ruas Barão do Rio Branco e Joaquim Nabuco. 

A entrada da população e dos funcionários das repartições será por dentro da área do centro comercial. São 24 mil metros quadrados, divididos em 240 lojas que pertencem a 90 diferentes proprietários. Esta circulação de pessoas vai gerar um público potencial para os estabelecimentos comerciais, que a partir da revitalização, devem ser reabertos, ainda de acordo com anunciado pelo município em dezembro de 2019.

Expectativa entre comerciantes

Ouvidos pela reportagem, muitos comerciantes do local continuam na esperança de que as obras comecem efetivamente. “A gente já ouviu muito dessa história. Estamos há 12 anos nesta rodoviária. Se vier uma melhoria para cá vai ser muito bom. É um prédio bom. Já tivemos uma melhora com a fiscalização passando por aqui. A polícia passa frequentemente”, relatou Angela Ajala, gerente de uma cooperativa de van.

[Colocar ALT]
Saul Danielson, um dos comerciantes da antiga rodoviária – (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Compartilhando do mesmo sentimento, Saul Danielson, proprietário de uma relojoaria, revelou que há somente promessas sobre a revitalização na antiga rodoviária. O relojoeiro diz que, além da precariedade do local, a pandemia agravou mais ainda o baixo fluxo de pessoas no comércio dali.

“É algo que a gente está esperando ansiosamente. Desde 2019, já veio uma verba para revitalizar isso daqui. A gente estava aguardando, e aí veio a pandemia. O movimento está baixíssimo. A sala que ocupo é alugada, o dono falou para a gente manter a sala aberta, não precisa pagar o aluguel. E tem muitas pessoas na mesma situação. E o que fizer de melhoria aqui vai ser muito bom”, avaliou Danielson.

Outro trabalhador da antiga rodoviária é o Miguel Codas, dono de uma lanchonete muito antiga. Ele comentou que está no estabelecimento, que era de seu pai, desde 1989. “A gente passou por situações bem complicadas. Tivemos que fechar a lanchonete, no período de lockdown. Com a revitalização, vai ser tudo de bom”, concluiu.

Conteúdos relacionados

sol