Campo Grande aparece em 1º lugar entre as capitais no ranking de alunos entre 13 e 17 anos que já experimentaram cigarro alguma vez na vida, conforme dados da PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

De acordo com a pesquisa, 35,2% dos estudantes dessa faixa etária já provaram cigarro na Capital sul-mato-grossense. O valor supera a média nacional, que é de 22,6%. Neste mesmo assunto, aparece em 3º com 31,4% dos alunos. 

Em MS, em relação ao sexo, a exposição ao cigarro aparece mais precocemente nas mulheres (33,1%) do que nos homens (29,6%). Em relação à dependência administrativa da escola, os alunos de escolas públicas (32,9%) referiram a experimentação com mais intensidade do que àqueles de escolas privadas (19,5%).

Como conseguem o cigarro?

Quanto à forma de obtenção do cigarro, a equipe perguntou aos estudantes que experimentaram nos 30 dias anteriores à pesquisa, como eles conseguiram seus próprios cigarros.

No Estado, o resultado indicou que o modo mais frequente (29,8%) foi comprar o cigarro em “uma loja, bar, botequim, ou banca de jornal”. Outras formas de adquirir o cigarro também tiveram destaque, como “pediu a alguém” (25,1%) e “conseguiu de outro modo” (18,2%).

Em menor frequência, “pegou escondido em casa” (9,1%), “conseguiu com uma pessoa mais velha” (7,9%), e “deu dinheiro para alguém comprar” (7%), também foram mencionadas.

Vale ressaltar que a legislação brasileira proíbe a venda de cigarros para menores de 18 anos, conforme disposto na Lei nº 10.702, de 14.07.2003.

Narguilé

Entre os jovens, o produto do tabaco mais consumido é o cigarro convencional. Contudo, o consumo de tabaco sem fumaça e outros produtos, como os cachimbos de água ou narguilé, têm sido observados.

Entre os escolares de 13 a 17 anos, 26,9% já haviam experimentado o narguilé. Entre as Unidades da Federação, o Paraná (52,4%), (50,6%) e MS (48,9%) apresentaram os maiores índices. Neste último, essa experimentação era maior nos escolares das escolas públicas (50,7%) do que nos das escolas privadas (34,6%).

A PeNSE revelou que em 2019, 25,2% dos escolares sul-mato-grossenses de 13 a 17 anos já tinham feito uso do cigarro eletrônico. A variação quanto ao sexo demonstrou uma experimentação maior para os homens (27,1%) do que para as mulheres (23,4%). Já quanto ao tipo de escola, a estimativa foi de 26,2% para os alunos nas escolas privadas e 25,1% para os das escolas públicas.