registrado em um ônibus de Campo Grande, na quarta-feira (29),

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Mayara Ximenez já sofreu com assédio no transporte coletivo (Foto: de França / Jornal Midiamax)

Indagada sobre o sentimento de ter que entrar em um ônibus rotineiramente, a acadêmica disse sua opinião, que é compartilhada por diversas mulheres. “A gente se sente vulnerável porque não tem segurança nenhuma”.

Para a operadora de call center Mayara Ximenez, de 19 anos, a falta de respeito com o corpo feminino é uma triste realidade nos ônibus da Capital. “Sempre tem alguém que passa a mão, fica mexendo e fazendo piada de mau gosto”.

O mesmo problema aconteceu com uma de suas amigas. “Um rapaz já passou a mão nas nádegas da minha amiga. A gente não espera que vai sair de casa para trabalhar, ir à faculdade e acontecer uma coisa dessas”, explicou Ximenez.

A situação também se repetiu com a acadêmica de nutrição Adrielly Quintana, de 18 anos, vítima de assédio no transporte público da Capital. “O ônibus não estava lotado. Um homem veio e passou a mão na minha bunda, meu amigo começou a gritar com ele e as pessoas ajudaram”, detalhou.

Para ela, entrar em um ônibus só não é mais perigoso do que esperar no ponto. “Eu vou para o ponto às 22h, tem homem que fica encarando e te olhando de cima em baixo. Alguns param o carro e ficam oferecendo carona”, finalizou Quintana.

O que fazer em caso de importunação sexual

A delegada Elaine Benicasa, titular da (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), reforça a importância de comunicar o motorista imediatamente e acionar as forças de segurança.

“Ela deve informar o motorista para que o mesmo pare o ônibus, e na primeira oportunidade, acionar a Polícia Militar ou a Guarda Civil Metropolitana, para que eles possam segurar o autor no local. Depois, todas as partes serão encaminhadas para a delegacia da mulher, onde será analisado caso a caso. Se possível, encaminhar uma testemunha que tenha visto essa importunação dentro do ônibus”, explanou Benicasa.

Tenente-coronel da Polícia Militar, Guilherme Dantas Lopes explicou que a segurança da população é feita através do número de viaturas dispostas na rua. “Hoje nós estamos com 48 viaturas na malha de Campo Grande. A Capital é dividida em 36 subáreas, então cada subárea tem de 1 a 2 viaturas. Nós aumentamos de 20 viaturas dia para 48. Provavelmente sempre haverá uma viatura perto de algum ponto de ônibus ou de onde ele estiver passando”, explicou.

Conforme o tenente, o próprio motorista quando avistar uma viatura pode solicitar a parada e pedir que seja feita a ocorrência. “Quando alguma pessoa, não só mulher, for importunada em local público ou dentro do ônibus, ela deve na hora procurar o motorista, mandar parar e acionar a viatura mais próxima do local ou discar o 190. Para fazer a condução desse indivíduo em flagrante se for o caso ou procurar posteriormente uma delegacia para registrar a queixa”.

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) também foi acionada pelo Jornal Midiamax para explicar sobre as medidas e ações para manter a segurança das mulheres no transporte público, mas até a publicação desta matéria não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.