Funcionários cruzam os braços por uma hora em Campo Grande contra demissões de bancos

Com a pandemia, sindicado diz que agências demitiram 30 na Capital, atrasando atendimentos

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Funcionários cruzam os braços e atrasam início dos atendimentos em agência da Capital
Funcionários cruzam os braços e atrasam início dos atendimentos em agência da Capital

Em um ato nacional, funcionários do Banco Bradesco realizaram uma paralisação nos trabalhos da agência central, localizada na Rua 13 de Julho, em Campo Grande. O protesto contra recentes demissões deverá atrasar o início dos atendimentos no local em uma hora.

De acordo com a presidente do Sindicárionet (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), Neide Maria Rodrigues, o movimento foi organizado por conta das recentes demissões realizadas pelo banco em todo o Brasil, “em Campo Grande foram 30 demissões somente neste ano”.

Não somente na Capital de Mato Grosso do Sul, o movimento também ocorre de forma simultânea em diversos Estados do país. Segundo Neide Rodrigues, é reivindicado explicações para os oito mil desligamentos registrados em todo o território nacional.

“Nosso objetivo é para que os bancos receberam a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), principalmente o Bradesco e resolva a situação”, comentou Neide. “Existe um déficit de funcionários, por isso ocorre essa demora nos atendimentos”, completou.

Segundo a presidente do Sindicárionet, a demora relata por diversos clientes ao serem atendidos é causada por essa falta de funcionários somada com a não contratação de novos profissionais. Outro pedido do sindicato é a padronização nos horários de atendimentos das agências.

“O Banco Central havia liberado os horários reduzidos, mas o momento da pandemia, já controlada, não justifica que a medida seja mantida”, explicou Neide ao exemplificar que muitas pessoas acabam perdendo o atendimento por conta dessa liberdade nos horários, “alguns fecham às 13:00 outros às 15:00”.

O Sindicárionet, por meio de nota, afirma que o Banco Bradesco lucrou R$ 19,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2021, crescimento de 54,9% em relação ao mesmo período de 2020. Números que não justificam os desligamentos.

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