Após ter semana caótica no atendimento a pacientes, a Santa Casa emitiu nota alertando que o estoque do medicamento Rocurônio, que faz parte do ‘kit intubação', deve acabar ainda neste sábado (03). Há dois dias, o governo de recebeu remessa de medicamentos do Ministério da Saúde para distribuir a hospitais, mas Santa Casa ficou de fora.

Conforme nota do , neste sábado (03), restam apenas 116 ampolas do medicamento, sendo que o consumo médio diário é de  250 ampolas.

O hospital critica o governo do Estado por ter excluído a Santa Casa da distribuição na quinta-feira. “Vale destacar que a última disribuição de medicamentos aos hospitais públicos e particulares de Mato Grosso do Sul realizada pelo governo do Estado há dois dias, em 1º de abril, não contemplou a Santa Casa de Campo Grande”, diz o hospital em nota.

O comunicado reforça que apesar do hospital ser considerado de retaguarda durante a pandemia, ou seja, atende casos de pacientes não covid, a instituição designou 120 leitos exclusivos para pacientes covid “atendendo à necessidade do poder público”.

Superlotação e caos

Na quinta-feira (1º), a Santa Casa emitiu nota alertando para o aumento de internação de pacientes vítimas de acidentes graves e de crimes. Assim, cerca de 8 pessoas, sem Covid-19, esperavam por um leito de CTI (Centro de Terapia Intensiva).

Dos pacientes, todos estão em salas de estabilização, 2 no ambulatório do Pronto-Socorro. Os internados no Centro Cirúrgico foram transferidos para outras unidades, não houve óbito no setor. A ocupação de leitos adulto não-covid é de 100%.

Ainda conforme o hospital, pacientes estão de forma improvisada. “Outros 6 pacientes estão em salas do centro cirúrgico, ou seja, estas salas ficam “travadas” para cirurgias até que esses pacientes consigam vaga no CTI”, finaliza.

Apelo à população

Diante da situação, o hospital pede que a população redobre os cuidados para prevenir acidentes domésticos e de trânsito, e principalmente, envolvimento em casos de agressões física.

Isso porque a Santa Casa de Campo Grande é o único a receber pacientes SUS em estado grave que não estejam com Covid-19. De acordo com a instituição, o momento é de extrema gravidade na oferta de leitos, medicamentos, insumos e de equipes assistenciais. Desta forma, é preciso deixar os leitos para pacientes com doenças pré-existentes ou que venham a sofrer intercorrências, como problemas cardiovasculares, neurológicos, respiratórios, entre outros.