‘Ficamos mais completos’: marido doa rim à esposa após oito anos de espera

Diagnóstico de lúpus desencadeou doença renal crônica

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Washington se sente honrado por oferecer qualidade de vida para Lorena
Washington se sente honrado por oferecer qualidade de vida para Lorena

Há quem diga que o amor deve ser provado todo os dias. Fazendo jus a essa frase, Washington Torres Magalhães e a esposa Lorena Teixeira Webster, é a pura verdade.

Os dois carregam uma história emocionante há oito anos, quando a amada recebeu o diagnóstico de lúpus. Junto com a doença autoimune, veio também mais um baque.

Lorena poderia desenvolver doença renal crônica e, futuramente, precisaria de um transplante de rim.   

“Acho que cada um tem uma missão nessa vida e se essa for a minha, me sinto honrado em poder oferecer um pouco de qualidade de vida pra ela”, declara emocionado Washington.

Dito e feito! O casal iniciou-se uma corrida contra o tempo. Disposto a ajudar a salvar a vida de Lorena e apresentando ser compatível, não pensou duas vezes para doar o órgão. 

“O diagnóstico mudou completamente a minha vida. Desde o início meu médico disse que eu precisaria de um transplante. Há uns dois anos meu rim não estava mais aguentando e era preciso encontrar um doador compatível”, conta Lorena. 

Para a sorte e alegria da moça, além dele, encontrou mais uma pessoa da família compatível e disposta a doar. Porém, a equipe médica que a acompanhava escolheu seu companheiro como doador.   

“Não dá para especificar o sentimento, mas é um ato de amor tão imenso que eu fico tão grata, tão feliz, me sinto tão abençoada”, diz Lorena com a voz embragada.  

Mas a história não para por aí. No início do ano passado, com tudo pronto para a realização do transplante, o sonho correu o risco de ser interrompido por causa da pandemia, já que os transplantes renais foram suspensos no Hospital Unimed de Campo Grande, local onde Lorena realizava seu tratamento. 

Só que no último final de semana, o hospital retomaram os trabalhos e Lorena pôde, finalmente, receber o rim de Washington. Cinco dias após a cirugia, Lorena afirma que seu novo rim está funcionando a todo vapor e agradece por seu “renascimento”.

“Deus me deu vida través da minha mãe e agora, através do meu esposo, ele me deu qualidade de vida. Os médicos ficam tão animados que parece que eles é que estão recebendo o novo órgão. É tão bonito ver profissionais que se preocupam tanto com seus pacientes”, agredece Lorena.   

Para quem ainda aguarda na fila de transplantes, ela deixa um recado. “Não percam a esperança! A sua hora vai chegar. Acreditem e confiem em Deus”, aponta. 

E finaliza sobre a doação de órgãos: “Muitas vezes não acontece por causa da recusa familiar e por falta de conhecimento, então, se você quiser ser um doador, avise sua família, pois é ela quem autoriza e essa atitude pode salvar muitas vidas”.