Equipes da Iagro fazem ‘caça a morcegos-vampiros’ para controlar doença transmissível a humanos
Focos da zoonose foram identificados na região sul do Estado
Arquivo –
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Equipes da Iagro-MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) realizaram fiscalização de ‘caça a morcegos-vampiros’ com capacidade de transmitir raiva para humanos após identificarem focos da doença em propriedades nos municípios de Japorã, Iguatemi, Tacuru e Sete Quedas – extremo sul de MS.
Dessa forma, a fiscalização vistoriou 267 propriedades rurais e verificou 25 abrigos de morcegos hematófagos, conhecidos como morcegos-vampiros. A equipe capturou e controlou 72 morcegos – com aplicação de pasta vampiricida – e acompanhou a vacinação de 38 cavalos. A Iagro acredita que cerca de 50 animais morreram vítimas da doença na região.
A força-tarefa foi montada com objetivo de evitar que a raiva fosse transmitida a humanos, uma vez que não tem cura. Então, além do controle dos morcegos, foi necessário intensificar a vacinação a cavalos e bois nas propriedades da região.
Pontos com foco confirmado da doença, próximo a divisa de Japorã e Sete Quedas
“A doença está próxima do Rio Iguatemi, portanto em especial aos produtores localizados nas margens do Rio Iguatemi e seus afluentes, devem vacinar o seu rebanho imediatamente contra a raiva e comunicar a Iagro sobre o conhecimento de possíveis abrigos assim como de animais com sintomatologia nervosa”, diz a agência.
Outro fator de preocupação é a existência de 2 assentamentos e uma aldeia indígena na proximidade. Dessa forma, a Iagro orienta que os produtores realizem a imunização do rebanho. “Outra medida importante no controle e prevenção da Raiva, é o controle da população dos morcegos hematófagos. Para isso é imprescindível a participação do produtor ao comunicar os possíveis abrigos sob seu conhecimento à Unidade Local da Iagro mais próxima da sua propriedade”, orienta a Iagro.
Raiva em humanos
A raiva é fatal em humanos e não tem cura. Os sintomas são: perda de apetite, salivação, andar cambaleante, não consegue se alimentar nem se movimentar e vem a óbito entre 3 e 7 dias.
Equipes vistoriaram abrigos (esquerda) e aplicaram pasta vampiricida para fazer controle de morcegos
A raiva é transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais que estejam infectados com o vírus. Se um animal, inclusive cães e gatos, estiver infectado com a raiva e morder, lamber ou arranhar um indivíduo, ele pode acabar por desenvolver a doença.
É por isso que a vacinação contra a raiva é essencial não só para cães e gatos, como também para seres humanos que tenham contato animais de qualquer tipo. A vacinação é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva e os animais domésticos devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano.
No caso da raiva humana, a doença é transmitida somente por morcegos hematófagos.
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