Dourados adere campanha de 16 dias pelo fim da violência contra a mulher

A iniciativa é nacional e tem previsão de término no dia 10 de dezembro

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Para lembrar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Dourados, por meio da Redecoor (Rede de Coordenadorias), inicia nesta quinta-feira (25), uma campanha de 16 dias.  A data de encerramento será no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

De acordo com a Coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Mariana Rocha, é importante falar sobre a violência contra a mulher já que o Brasil é o 5º na lista de países com mais crimes de gênero.

“Os casos parecem não diminuir, mas o aumento de denúncias é notório. Isso significa que mais mulheres estão tomando coragem para quebrar o ciclo da violência, o que só é possível a partir do reforço das leis que resguardam seus direitos, o trabalho das políticas públicas, portanto é peça fundamental nesse processo de consciência e libertação” afirmou Mariana.

A pesquisa sobre vitimização de mulheres no Brasil, produzida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que, em 2019, o lugar mais inseguro para as mulheres era a própria casa, dado reforçado pela ONU Mulheres.

A violência doméstica figurava como a que mais afetava as mulheres do Brasil: 42% das mulheres relataram ter sofrido violência dentro de casa, 29% na rua e 8% no trabalho. Outro dado importante é que 52% das mulheres que sofreram violência não fizeram nada depois de sofrê-la.

Frente feminista

Na última segunda-feira (22), a Frente Feminista de Dourados, que reúne diversos coletivos e autônomas, realizou um ato público na Câmara Municipal em defesa das mulheres, contra a violência e a omissão do Poder Público. Com cartazes que mostravam dados do mapa da violência de Mato Grosso do Sul. Elas entregaram “Carta Aberta” enviada para a Casa de Leis em setembro deste ano.

No documento protocolado e encaminhado à Mesa Diretora, que foi lida durante a sessão, a pedido da vereadora Daniella Hall (PSD), a Frente Feminista solicitou a realização de audiências públicas com o objetivo de aprofundar o debate e apontar melhorias nas políticas públicas de prevenção.

“Nos últimos meses, acompanhamos vários crimes e, em um desses casos, perdemos a vida de uma criança indígena que chocou o país inteiro”, diz parte da carta entregue na Câmara, em referência ao estupro coletivo que resultou no assassinato da menina Raíssa da Silva Cabeira, de 11 anos, moradora da Aldeia Bororó. O crime aconteceu na noite do dia 8 de agosto.

 

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