A pandemia do novo coronavírus impactou negativamente a realização de diversas atividades no mundo. O ensino no Brasil faz parte dos segmentos atingidos e sofre com a evasão de alunos do nível superior, não apenas no período pandêmico. Em sete anos, o País registrou o aumento de 4,4 pontos percentuais na taxa de evasão, somente na rede privada. 
 
Nas instituições públicas, a quantidade de pessoas que desistiram da entre 2018 e 2019 cresceu 14,3%. No Mato Grosso do Sul, a porcentagem de evasão corresponde a 32,9% nos cursos presenciais e 40% na modalidade a distância. Os dados são da Semesp, entidade que realiza estudos sobre o ensino superior no Brasil.
 
O (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) informou que existem vários motivos para a desistência de alunos no instituto, por exemplo.
 
“No IFMS, as razões mais frequentes abrangem a não identificação no curso escolhido, as necessidades econômicas que levam o estudante a não conseguir conciliar estudo e trabalho e as dificuldades de aprendizagem que levam à retenção e, posterior evasão”, disse em nota.
 
O instituto revelou ainda que, em 2019, o volume de pessoas que evadiram dos cursos superiores é 22,6% maior que o registrado no ano anterior. Já em 2018, a diferença anual foi de 23,4%.
 
A Semesp também divulgou números de pessoas ingressas e que concluíram a faculdade em 2019, no Estado. Dos cursos presenciais e EAD (Ensino a Distância), rede pública e privada tiveram, juntas, 57.987 mil alunos matriculados. Destes, 17.896 mil se formaram. Isto é, somente 31% dos discentes finalizaram o ensino superior.
 
Segundo a assessoria da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), a evasão ficou estável nos últimos anos e a instituição justificou o cenário. “Os índices se mantiveram no mesmo patamar de 2019, situação semelhante às demais instituições do País. Contudo, destaca-se que a UEMS possui cursos com menos de 10% de evasão, o que retrata a efetividade das medidas implantadas para a permanência de alunos”.
 
A universidade não divulgou as taxas de evasão anuais, mas disse que medidas são realizadas a fim de evitar o problema. “Adotamos o ensino remoto, impressão de materiais, aquisição de plataformas educacionais, formação de alunos, técnicos e docentes em tecnologias de aprendizagem e criação do Auxílio Emergencial para Acesso à Internet”, concluiu.