‘Confundem o direito de protestar’: na pandemia, forças de segurança lidam com multidão

Ainda sem previsão para serem vacinados, os profissionais que atuam nas forças de segurança lidam com as aglomerações em pleno pico de contaminação pelo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Os trabalhadores agem nas fiscalizações e garantem a segurança durante os dias de decretos vigentes para conter o avanço da pandemia. Durante a manifestação dos […]

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Ainda sem previsão para serem vacinados, os profissionais que atuam nas forças de segurança lidam com as aglomerações em pleno pico de contaminação pelo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Os trabalhadores agem nas fiscalizações e garantem a segurança durante os dias de decretos vigentes para conter o avanço da pandemia.

Durante a manifestação dos empresários e comerciantes contra o decreto de Reinaldo Azambuja (PSDB), que aconteceu nesta quinta-feira (25), em Campo Grande, policiais militares e agentes da Guarda Civil Municipal foram acionados para acompanhar o protesto, que aconteceu de maneira pacífica.

A carreata se estendeu da Governadoria até a Prefeitura Municipal, onde representantes do movimento se reuniram para pedir apoio ao prefeito Marquinhos Trad (PSD).

'Confundem o direito de protestar': na pandemia, forças de segurança lidam com multidão
Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

Os servidores da GCM estabeleceram uma corrente humana em frente à prefeitura como prudência ao patrimônio e algumas pessoas se aproximaram, dando sequência ao manifesto.

O repórter fotográfico do Jornal Midiamax Marcos Ermínio registrou momento em que manifestante retira a máscara para protestar, o que não é o recomendado pelos órgãos sanitários diante da pandemia. Na imagem é possível ver um dos guardas municipais se abaixando na tentativa de se esquivar da atitude do manifestante, considerada imprudente durante momento de pandemia.

Em nota, a GCM disse que atua na segurança e fiscalização dentro da lei e pontuou que uma pequena parcela dos manifestantes ‘confundem o direito de protestar’ com a lei. “Infelizmente existem pessoas que confundem o direito constitucional de protestar com desrespeito a legislação. Contudo a GCM têm cumprido suas atribuições de forma exemplar”, disse.

Os trabalhadores que atuam na segurança pública ainda não têm previsão de ingressar no calendário de vacinação contra o coronavirus em MS. A situação é diferente em São Paulo, onde o governador João Dória anunciou que o Estado vai vacinar cerca de 180 mil profissionais da segurança pública, assim como professores acima de 47 anos. A vacinação para esses profissionais tem previsão de iniciar no mês de abril.

Manifestação contra decreto de Reinaldo

Na manhã desta quinta-feira (25), grupos de empresários e representantes de atividades consideradas não essenciais se reuniram na frente do Yotedy, no Parque das Nações Indígenas, onde seguiram em carreata para a governadoria, para protestar contra as restrições impostas por Reinaldo Azambuja.

Além disos, cobraram mais uma vez a redução do ICMS  da gasolina, que é um dos mais altos do país devido à política de taxa imposta pelo governador de MS.

Após não conseguirem falar com Reinaldo, os manifestantes foram à prefeitura, onde conversaram com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). Entretanto, Marquinhos disse que “as decisões não são municipais” e “não me peçam algo que não está no meu alcance” para explicar aos manifestantes que o decreto é estadual.

Após a conversa com os manifestantes que estavam na frente da prefeitura, Marquinhos chamou representantes do comércio, da associação das academias e de motoristas de aplicativo para reunião à portas fechadas em seu gabinete.

Os motoristas de aplicativo também pedem pela redução do ICMS, diante do aumento do preço da gasolina. Eles afirmam que desde a última carreata não houve qualquer sinalização de diálogo com o Governo.

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