O vegetarianismo é um regime alimentar visto por muito quase que como uma causa social, retirando a carne de seus cardápios, no intuito de não incentivar o abatimento, essas pessoas acabam se beneficiando economicamente, pois retiram da lista de compra um alimento que se tornou caro nos últimos anos.

Seja no mercado do bairro, na grande rede ou no açougue, a maioria dos moradores de sentiram o preço da afetar – e muito – o valor das compras. Realidade que não faz parte daqueles que retiraram a proteína animal de suas vidas e relatam economizar cerca de 50% do que era gasto com alimentação.

Em uma rápida pesquisa é possível pelos açougues e mercados do Estado é possível encontrar o quilo do músculo sendo vendido por R$ 28,00, já o quilo do coxão mole é vendido no entorno de R$ 40,00. Esses são valores que não preocupam Katia Uzun, 49 anos, que deixou de consumir a proteína animal há um ano.

Ela explica que a mudança ocorreu após se converter ao hinduísmo – que não recomenda o consumo de carne – sentiu a diferença financeira que a prática trazia consigo. “Na minha família, as pessoas ainda comem carne, mas se falarmos apenas da minha compra, a economia seria de uns 40%”, comenta.

Segundo Katia, a economia só não é maior porque a proteína precisa ser substituída por outros alimentos com valores altos, mas ainda sim, menores do que a carne vermelha. “Hoje, com R$ 150,00 eu compro uns quatro quilos de carne, com esse mesmo dinheiro eu consigo adquirir muitos outros produtos como verduras, frutas e vegetais”.

Afetando não somente o produto, a alta da carne vermelha aumenta o valor do salgado da padaria, do hambúrguer na lanchonete, do prato feito e esse é o ponto que mais gerou economia na vida de Ana Karolyna Resquim, 32 anos.

Resquim decidiu retirar a proteína animal de sua alimentação há cerca de um ano, morando com o pai, irmã e filho, todos acabaram seguindo o movimento e diminuíram o consumo do alimento.

“Foi uma coisa gradativa, mas minha família me apoiou e, hoje, a carne se tornou um complemento para eles, não comem mais como antigamente”, explica Ana.

Assim os valores das compras mensais passaram a diminuir e a reserva do final do mês aumentou, “quando falamos de carne a pessoa penso só no bife no prato, mas você deixa de comer o lanche, o salgado, o presunto no café e diversos outros alimentos que também estão caros”.

“Da para dizer que a gente passou a economizar uns 50% nos gastos aqui em casa, o prato deixou de ser só arroz, feijão e carne para se tornar arroz, feijão, salada, vegetais, legumes e quando o pessoal come carne, é uma quantia mínima, porque há outros alimentos para servir”, explicou Ana.