Com horário reduzido, mercados de Campo Grande lidam com clientes teimosos
Desde o início da pandemia, uma simples ida ao mercado foi alterada e hoje uma série de cuidados devem ser mantidos. Com horário reduzido, obrigatoriedade de máscara e distanciamento social, mercados de Campo Grande lidam com clientes teimosos. Mesmo com mais de um ano de pandemia, algumas pessoas ainda não se adaptaram as medidas impostas […]
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Desde o início da pandemia, uma simples ida ao mercado foi alterada e hoje uma série de cuidados devem ser mantidos. Com horário reduzido, obrigatoriedade de máscara e distanciamento social, mercados de Campo Grande lidam com clientes teimosos. Mesmo com mais de um ano de pandemia, algumas pessoas ainda não se adaptaram as medidas impostas pelas autoridades.
De acordo com o último decreto publicado pela Prefeitura de Campo Grande, com restrições da semana do ‘fecha tudo’, supermercados e mercados podem funcionar até às 20h. Assim, os supervisores destes estabelecimentos afirmam que o maior impacto é na possibilidade de compra do cliente, que passa a ter menos tempo para as atividades diárias.
Inicialmente, quando decreto estadual determinou várias restrições em Mato Grosso do Sul, limite de uma pessoa por família nos mercados era determinado para os estabelecimentos que estivessem abertos durante o toque de recolher, que se inicia às 20h. Após o decreto municipal, contudo, os mercados não podem abrir durante o toque e, por isso, o limite de uma pessoa por família não se aplica mais na Capital, mas continua valendo para supermercados do interior do Estado durante o toque de recolher.
O Jornal Midiamax foi até a região da avenida Souto Maior, no Tijuca, e conversou com alguns responsáveis destes estabelecimentos. O açougueiro Henrique Chrispim, de 28 anos, é responsável por um mercado de médio porte na região. Assim, ele destaca que por ser de bairro, “as pessoas querem entrar todas juntas”.
Em Campo Grande, supermercados e mercados devem funcionar com até 40% da capacidade total, o que limita a quantidade de pessoas dentro do comércio. Henrique afirmou que nem todos entendem. “Quando tem muita gente, acabamos barrando”, disse. No entanto, ele disse que normalmente o movimento é dentro do limite e não há necessidade de fazer os clientes esperarem.
Dono de um mercado de pequeno porte desde 1996, Eduardo Beluzzo, de 55 anos, disse que muitos clientes ainda sem a máscara na rua. “Mas no momento em que chega, ele tira do bolso e coloca”. Assim, Eduardo destaca que nunca teve grandes problemas com esta restrição. “Peço para dar um tempinho na porta e depois entrar, tudo é questão de conversa”, garantiu.
Tempo de espera
Também na região, outro gerente de mercado, que não quis se identificar, disse que o maior problema são os jovens que ainda teimam. “A maioria dos idosos e pessoas aceitam, só que os jovens quando vem com outro ou direto de festas não respeitam. É complicado”, ponderou.
Ele destaca que o estabelecimento orienta e segue todos os protocolos de biossegurança, mas que não possuem controle sobre as pessoas. “Não sou autoridade policial para barrar, fica fora da minha alçada. Não sei se a pessoa está armada”, se defendeu.
Por fim, o Jornal Midiamax foi até um supermercado na avenida Raquel de Queiroz. Na região, o gerente Adailton Ribeiro, de 50 anos, disse que o estabelecimento não costuma passar muito apuro. “O supermercado já tinha o hábito do álcool em gel e a máscara”.
Sobre a lotação, ele disse que raramente acontece, mas quando ocorre, basta pedir para as pessoas aguardarem um pouco. O gerente disse que a principal mudança, do horário afeta mais os clientes do que o mercado. “Quando fecha às 9h, o cliente tem um prazo maior para vir, mas essa uma hora a menos, não influencia na venda. Porém para a população diminuiu tempo para o mesmo público”. Ou seja, ele teme que o horário reduzido possa gerar mais aglomeração e espera dos clientes.
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