Com faixas e carros de som, manifestantes ligados à educação, movimentos sociais e entidades de trabalhadores  se reúnem na manhã deste sábado (24), na Praça do Rádio, no Centro de Campo Grande, para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os organizadores planejam descer a Avenida Afonso Pena a partir das 10h e fazer o quadrilátero central até retornar ao ponto de partida por volta do meio-dia. A expectativa é de que cerca de 5 mil pessoas participem do ato.

Conforme a vice-presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Deumeires de Morais, são várias reivindicações que os manifestantes pleiteiam. “Em defesa da democracia, da vida, da vacinação em toda a população no MS e no Brasil. Estamos lutando contra a PEC 32 da reforma administrativa e, em MS, pela realização de concurso público dos professores e pelos administrativos da educação, pelos quais estamos trabalhando pela reestruturação da carreira”, pontuou.


Diretora da Fetems, Deumeires Morais – Foto: Henrique Arakaki / Midiamax

Ainda conforme a sindicalista, trabalhadores da educação e universitários vieram de várias cidades do interior para participar da manifestação em Campo Grande.  “Trouxemos representantes de todos os municípios de MS e todos estão trazendo para cá pelo menos 1 carro com carga cheia. A gente quer chegar a mil pessoas [ligadas à Fetems]”, comentou Deumeires.

Outra entidade que participa da organização do movimento é a CUT (Central Única dos Trabalhadores). O presidente da organização, Vilson Gimenez Gregório ressaltou que o objetivo é ‘derrubar’ o governo. “Queremos vacina e não corrupção. Temos que ir para rua e mobilizar”, reforçou.

Participante da manifestação, o técnico em edificações, Celso Rosso, usou a CPI instaurada no Congresso para justificar os pedidos do protesto. “O movimento é para a sociedade dizer que não está  contente com um governo que prega contra a corrupção, mas se elegeu assim. Agora, os fatos da CPI demonstram que a corrupção está entranhada nesse governo. Então, é para deixar um recado da sociedade brasileira, que não está satisfeita com esse governo que falou tão mal do centrão e agora está abraçado com eles”, disse.


Cartazes a favor da vacina e contra o presidente Jair Bolsonaro – Foto: Henrique Arakaki / Midiamax

Apesar da pouca concentração de pessoas, há pontos de aglomeração na Praça. Há pessoas encarregadas pela distribuição de máscara e pela higienização com álcool em gel dos participantes.

No decorrer da passeata, houve princípio de confusão entre a Polícia Militar e manifestantes, que não queriam liberar uma faixa da avenida. Logo, os ânimos se acalmaram e a situação foi controlada. Veja o vídeo abaixo: