Conforme informou uma familiar ao Jornal Midiamax, a gestante começou a sentir fortes dores e procurou atendimento na unidade. Uma médica que estava de plantão, disse que aquele ainda não era o momento do parto e que ela poderia retornar para casa. 

Horas depois, as dores ficaram ainda mais intensas e o bebê começou a nascer por volta das 2h da madrugada. Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) auxiliaram no parto e encaminharam mãe e bebê para a Santa Casa novamente. 

“A neném nasceu com várias complicações por falta de atendimento médico na hora de nascer.  A gente teme que ela possa desenvolver sequelas por causa disso. Porque ela passou da hora de nascer, né? Ela precisava da médica”, comentou a irmã da moradora. 

A família também pontua que o hospital pede um acompanhante para a paciente que segue internada, mas a pessoa que for ficar deve providenciar um teste de Covid-19. “O exame custa R$ 120, não temos como pagar. E o exame não é só para quem vai ficar de acompanhante, é para quem for visitar a bebê também”, disse. 

A reportagem procurou a Santa Casa, que em nota disse que a paciente não estava com dilatação o suficiente, onde não configurava trabalho de parto. Confira a nota na íntegra:

Informamos que a paciente deu entrada na Santa Casa de Campo Grande dia 26/7 às 23h08 com queixas de dores fracas e sendo identificada no primeiro atendimento uma contração em 10min e o colo dilatado em apenas 1cm. Ou seja, não se configurava trabalho de parto ativo no momento da avaliação médica. Por não possuir alterações dos sinais vitais da mãe e bebê, foi liberada às 00h08 do dia 27/7 com a orientação de retornar ao atendimento de urgência e emergência caso entrasse em trabalho de parto.

No atendimento do dia 27/7 às 4h07, após não conseguir retornar ao hospital a tempo do parto conforme orientado, evoluído possivelmente por um parto taquitócito, o recém-nascido foi admitido em bom estado geral, com choro adequado, reativo e vigoroso de acordo com informações que constam em prontuário. Inclusive foi identificado durante avaliação feita no Pronto-socorro pediátrico, estigmas de uma síndrome que já está sendo investigada pela equipe médica e uma malformação congênita, além desses não apresentava mais alterações.

Ressaltamos que a malformação congênita não está relacionada com o parto. E que essas informações deveriam ser de conhecimento da referida paciente, caso fosse realizado os pré-natais adequadamente, conforme recomenda o Ministério da Saúde. Neste momento, o bebê segue estável e aos cuidados da pediatria.

*matéria atualizada às 17h45 para acréscimo de informação