Com a energia elétrica cada vez mais cara, a instalação de painéis de tem se tornado um sonho de muitas pessoas em Mato Grosso do Sul. A ideia pode parecer fora da realidade de muitos moradores ou pequenos empresários, mas buscar financiamentos em bancos pode ser uma alternativa. Com as taxas de energia elétrica aumentando a cada ano, a instalação de placas solares pode ser considerada um investimento. 

O presidente do MSL (Movimento Solar Livre), Hewerton Martins, explica que o valor de um sistema de energia solar vai depender do consumo. Há opções mais acessíveis e também na casa dos milhões, tudo vai depender do perfil do consumidor. “Temos sistema de Minha Casa Minha Vida, começando com R$ 3,5 mil, são sistemas menores. Também há valores de R$ 10 mil, R$ 15 mil, R$ 30 mil, até milhões, está ligado ao consumo da pessoa. Quem tiver um consumo alto, vai ter um sistema maior”, afirma. 

Com financiamentos a juros baixos, a energia solar já é considerada um investimento. Hewerton Martins explica que há opções de nos principais bancos. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito com juros menores para a energia solar. 

“É só o consumidor procurar o banco, o gerente já indica uma linha mais em conta. Há opções para o pequeno empresário, como o Sicredi, o Uniprime também vem se destacando muito para empresas maiores, há opções para perfis diferentes. O tem uma linha de crédito pré-aprovada no caixa automático, é a opção mais rápida para o consumidor residencial. Tem também o FCO Empresarial, que é muito conhecido”, diz o presidente do MSL. 

Mas, afinal, a energia solar pode ser acessível ao consumidor comum? Hewerton Martins explica que os financiamentos para energia solar têm as menores taxas do mercado. Em muitos casos, a economia gerada na conta de luz possibilita o pagamento da parcela. 

Opções de financiamento

Bancos públicos e privados oferecem linhas de financiamento para energia solar, inclusive no Banco do Brasil. Há opções tanto para empresas como para pessoas físicas e a parcela pode até ser paga com o valor da economia obtida na conta de luz. 

Uma estratégia para quem pensa em financiamento é justamente essa: fazer com que o valor da economia de energia seja igual ao valor da parcela a ser paga. Assim, com a geração da energia solar, a economia na conta de luz consegue compensar a parcela do financiamento. Comprar um sistema de placas solares pode ser considerado um investimento, já que depois do pagamento, o dono da casa ou empreendimento recebe o retorno em forma de economia na conta de luz. Além disso, as placas solares duram anos.

O Banco do Brasil, por exemplo, oferece linhas de financiamento tanto para empresas como para pessoas físicas. Conforme dados no site do BB, é possível financiar equipamentos ou serviços diretamente na loja no caso de pessoas físicas. Outra opção é o consórcio, com isenção de juros. 

Para micro e pequenas empresas, as opções incluem também o FCO Empresarial, uma linha de financiamento que utiliza recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), criado pelo Governo Federal. As taxas de juros variam conforme o caso, mas a tarifa de operação de crédito está vinculada ao valor do projeto e varia de 0,50% a 1,25%.

No caso do FCO Empresarial, os prazos podem chegar a até 20 anos (incluída carência de três meses até, no máximo, cinco anos), conforme informações do Banco do Brasil. Os prazos são determinados de acordo com o projeto, a capacidade de pagamento do cliente e a linha de financiamento. Já o FCO Rural é direcionado aos produtores rurais, cooperativas e associações com atividade rural.

Projeto de lei

O debate sobre o Projeto de Lei 5.829/19, voltou a movimentar a Câmara dos Deputados sobre uma votação em breve. O projeto prevê o acesso à energia solar sem taxação e cotas, apresentado pelo deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).

O presidente do Movimento Solar Livre explica que o projeto foi apresentado na Comissão de Minas e Energia, com apoio da maioria dos deputados. Hewerton Martins afirma que alguns parlamentares da região Norte foram contra, mas o projeto deve ser colocado em votação em breve. 

Em Mato Grosso do Sul, o MSL continua em defesa da distribuição de energia solar e mobiliza mais de 70 entidades em prol do projeto. Segundo Hewerton Martins, presidente da instituição, o Brasil deve oportunizar e otimizar empregos com a tecnologia.

“O impacto da aprovação do PL é altamente positivo para todo o Brasil, pois precisamos ter em mente que a energia solar é para todos e que ela é um importante vetor de desenvolvimento econômico, uma vez que gera empregos em todos os municípios do país”, ressalta.