Campo-grandenses antecipam homenagens para evitar aglomerações nos cemitérios no Dia de Finados
Moradores também sentiram no bolso o aumento do preço das velas e flores no Dia de Finados
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Campo Grande recentemente ultrapassou a marca de 100 mil pessoas vacinadas com a terceira dose, o que já é uma grande vitória em busca da imunização completa. Apesar do avanço da vacinação, muitas pessoas escolheram antecipar homenagens do Dia de Finados, comemorado na terça-feira (2), para evitar aglomerações nos cemitérios da cidade.
Hoje, 1º de novembro, o movimento nos principais cemitérios da Capital começou logo cedo. Com flores, velas e orações aos entes queridos, vários campo-grandenses aproveitaram a oportunidade para prestar condolências aos falecidos de forma mais tranquila.
É o caso de Rosemeire Trindade Nascimento, de 56 anos. Moradora do bairro há mais de 40 anos, tem vários familiares enterrados no Cemitério Santo Amaro. Ela contou ao Midiamax que é costume visitar o local um dia antes da comemoração de Finados. “Eu nunca venho no dia porque é muita aglomeração”, explicou. Para a homenagem, ela levou velas e fez várias orações às pessoas que se foram.
Já o Joaquim Barreto Junior, de 49 anos, mora na região do José Abrão. Ele tem o costume de visitar o local ao lado da esposa e sogra. Neste ano, eles foram antecipadamente para conseguir orar em um local tranquilo. “Dá para poder cuidar, limpar, fazer as coisas certinhas e homenagear eles”, disse.
Maria Helenas Nunes Ribeiro Bernal, de 52 anos, também prestou condolências aos familiares e aproveitou para orar por todas as vítimas de Covid-19 que faleceram no último ano. Ela acendeu velas na região do Cruzeiro do cemitério.
“Eu rezo para as almas, não só para os entes queridos que a gente perdeu, principalmente nessa pandemia. Então, a gente visita os parentes que estão aqui e mais as pessoas que precisam de oração também”, disse Maria.
Cemitério Santo Antônio
Vários campo-grandenses também se reuniram na manhã desta segunda-feira no Cemitério Santo Antônio, no bairro Vila Santa Dorotheia. Elza Arakaki Rabelo e Mario Márcio Arakaki Rabelo, mãe e filho, chegaram cedo ao local. Eles não compareceram no ano passado por causa da Covid, mas se organizaram para pegarem o cemitério vazio hoje.
A mãe e filha Nádua Sayd e Márcia Sayd, de 89 e 51 anos, respectivamente, também chegaram ao espaço com vários vasos de flores para homenagear os finados.
No entanto, o costume da família ficou mais caro em relação a 2020 com o aumento dos preços das flores e das velas. “A gente pagou no ano passado o mesmo vaso por R$ 20 reais e R$ 25 reais, e agora o lugar mais barato é R$ 28 reais e o normal R$ 35. A vela, nós pagamos entre quatro e cinco reais e esse ano não tinha por menos de R$ 6,50 ou R$ 7 reais”, contou Márcia.
E não foram apenas elas que sentiram a diferença no bolso. Em Campo Grande, comerciantes e consumidores também sentiram o mesmo impacto.
Aumento de preço
Apesar de um movimento maior do que em 2020, quando Brasil registrava número alto de contágio pelo coronavírus, os vendedores de velas e flores, que costumam facilitar a vida de quem vai aos cemitérios no Dia de Finados, estão descontentes com o preço dos produtos.
Para muitos desses vendedores, a margem de lucro caiu abruptamente, pois o aumento foi tão grande que simplesmente repassar o valor ao cliente seria inviável. Em comparação com o ano passado, o preço do produto sofreu uma variação de até 47% na Capital diante da alta da parafina.
Biossegurança
Os cemitérios Santo Amaro e Santo Antônio estão cobrando a obrigatoriedade do uso de máscara dentro do espaço. Além disso, álcool em gel está disponível nas entradas. Os administradores também recomendam manter o distanciamento social.
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