A (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) organizou, com apoio da Sesau (Secretaria de Saúde) de Campo Grande organizaram uma caminhada para orientação e para chamar atenção à época propensa ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya: o Aedes aegypti. Com objetivo de conscientizar os comerciantes, levantamento da Vigilância Sanitária indica que 20% dos focos da dengue são do comércio.

A concentração teve início na Praça Ary Coelho e seguiu pela Rua 14 de Julho, passaria pela Dom Aquino e retornaria pela Rua 13 de Maio. Conforme Renato Paniago da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), a associação cobra o controle das empresas para evitar a proliferação do mosquito e ressaltou que, em 10 minutos, os comerciantes podem garantir a eliminação dos focos evitando água parada.

“Campo Grande ainda sofre muito com a dengue e chikungunya, por conta disso é importante promover a conscientização. É importante mostrar que os focos podem aparecer em qualquer lugar, para que as pessoas não achem que só pode ter em casa”, disse.

A superintendente de vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, disse que há dois anos houve mobilização e ações para conter a pandemia, mas a ação de hoje é voltada para aerar para uma possível de dengue. “Uma epidemia de dengue hoje impactaria o sistema de saúde. Vai refletir nos leitos e atendimento nos hospitais. Esperamos que as lojas sejam parceiras no combate”, comentou.

O prefeito, (PSD), disse que 80% dos focos do mosquito está concentrado nos bairros, nos domicílios. “A população deve colaborar. Recentemente foram soltos mosquitos Wolbachia na Capital, mas todos devem colaborar”, pontuou. Em outubro, 20 milhões de mosquitos com Wolbachia foram soltos na Capital para ajudar no combate ao Aedes.

Em alerta para epidemia de chikungunya 

De acordo com o último boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, os casos de chikungunya aumentaram 31% no Brasil na comparação entre 2020 e 2021. Em período chuvoso e com 37 casos suspeitos, sendo 13 deles confirmados em laboratório, Campo Grande mantém alerta para epidemia.

Conforme a BBC, até o dia 4 de dezembro deste ano, foram registrados 93,4 mil casos prováveis da doença, causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. A Sesau disse que todos os pacientes que têm o diagnóstico são acompanhados nas unidades de saúde da família de sua região, realizando o tratamento adequado com equipe multiprofissional, caso seja necessário.

“Devido ao aumento das chuvas, Campo Grande mantém o alerta para possibilidade de epidemia de doenças provocadas pelo Aedes aegypti, entre elas a chikungunya, visto que em outras regiões já há registro do crescimento significativo do número de casos em anos anteriores e nada foi observado em Campo Grande até o momento”, disse em nota.

Por outro lado, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), disse que o monitoramento acontece por meio dos Boletins Epidemiológicos e pelas notificações do Sinan-Online, e pontua que em MS, os índices não levam à preocupação.

“Há uma preocupação nacional quanto a uma eventual epidemia no país, mas no Estado, os índices são considerados satisfatórios e a melhor maneira de evitar aumento de caso é seguindo todas as recomendações utilizadas nas ações de combate à Dengue e demais arboviroses, quintal limpo e sem criadouros de mosquito”, disse.