Para burlar toque de recolher, brasileiros enchem bares paraguaios na fronteira com MS

Sul-mato-grossenses que moram na fronteira com o Paraguai burlam o toque e enchem bares na divisa do país com MS. 

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Com o novo decreto estadual, o toque de recolher em Mato Grosso do Sul tem início às 20h. A medida tem como objetivo acabar com aglomerações e frear a pandemia do coronavírus. Entretanto, sul-mato-grossenses que moram na fronteira com o Paraguai estariam burlando o toque e enchendo bares na divisa.

A situação foi flagrada no último sábado (20), por um vídeo enviado ao Jornal Midiamax. Assim, é possível ver diversos estabelecimentos abertos em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com Ponta Porã. Então, nos bares as pessoas são vistas sem distanciamento mínimo e sem máscara.

Em contraste com a realidade de Pedro Juan, Ponta Porã parecia uma cidade deserta. No vídeo, em rápida passagem por ruas do município de MS, é possível ver que o toque de recolher espanta as pessoas da rua. De acordo com a filmagem, as imagens são das 20h15 da noite deste sábado (20).

Aglomerações preocupam paraguaios

Assim, grupos de WhatsApp com brasileiros e paraguaios rendem discussões sobre as aglomerações. “São brasileiros que estão lotando os bares de Pedro Juan Caballero, pois em Ponta Porã tá tudo fechado”, disse uma pessoa.

Outra rebateu informando que “se estão indo é porque o Paraguai não fechou os bares. Se estão atendendo, vai ter gente”. Uma da preocupação de quem mora na cidade vizinha é a vacinação e disseminação do vírus.

“Vão pedir vacina aqui sim, se os brasileiros estão indo lá, vai contaminar todo mundo lá”, disse outra pessoa. A fronteira do Brasil com o Paraguai foi fechada durante um período em 2020, mas reaberta em outubro do ano passado.

De acordo com os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e do Paraguai, Mario Abdo Benitez, os países deveriam levar em conta os protocolos sanitários contra a Covid-19. Por fim, a reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria de Saúde de Ponta Porã, para saber quais medidas poderão ser adotadas, mas não houve retorno. Assim, o espaço segue em aberto para posicionamentos.

 

 

 

 

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