A prefeitura de Sidrolândia decretou estado de emergência por 180 dias, devido aos estragos causados pela tempestade da última sexta-feira (15).  A medida foi publicada no diário oficial desta quarta-feira (20).

Na sexta-feira o município foi atingido por ventos de até 100 km/h, destelhando pelo menos 283 casas na área urbana e uma grande quantidade na área rural. Também derrubou centenas de árvores que atingiram a rede elétrica, interrompendo o fornecimento de energia e de água, onde o abastecimento depende de poços artesianos com bomba.

Segundo o balanço divulgado pela secretária de assistência social, Aletânia Ramires, de forma emergencial foram adquiridas 795 telhas e cumeeiras. Começaram a ser entregues ainda no sábado nas casas das famílias que tiveram casas total ou parcialmente destelhadas. Até ontem (19), 595 telhas de espessura 3,66 já haviam sido entregues; 78 cumeeiras, 40 telhas 2,44 e 76, 3,5 cm.

Vítimas do temporal

Também houve distribuição de cestas básicas para famílias que perderam os alimentos, molhados com o destelhamento da casa. Ainda na sexta-feira, de forma emergencial, a força-tarefa colocou lonas em casas como a de dona Dasmari Cabreiro que mora na Rua Thomas da Silva França, em companhia de 6 filhos, o mais novo deles, com um ano de idade.

Para alívio de dona Gesiane Moraes, sábado (16) à tarde as equipes da Secretaria de Assistência Social foram levar as seis telhas que o temporal arrancou e deixou descoberto três das quatro peças da casa recém-construída na Rua João Ferreira Filho, no Bairro Porto Seguro. A chuva molhou todos os móveis. Ontem mesmo o telhado foi refeito com o ajuda de um vizinho que é pedreiro.

Em outro extremo da cidade, no Jardim Paraíso, uma das primeiras casas a receber a visita das equipes da Prefeitura foi a de dona Tenta Lima Melo, residente na Rua José Favero Neto. Ela teve que dormir com o filho na casa do vizinho porque oito telhas foram arrancadas e quase todas as peças ficaram descobertas.

O aposentado Altair Siqueira e dona Doraci Martins Pinheiro, que também moram no Jardim Paraíso, também receberam ajuda da Prefeitura para refazerem os telhados das suas casas.” Esta ajuda veio em boa hora. Ganho pouco e não teria condições de comprar as oito telhas quebradas, que custam quase R$ 700,00″, afirma.

Também houve troca de telhas na casa do aposentado Manoel de Paula Colman, no Jardim do Sul, onde o vendaval destelhou três das quatro peças da casa.

Emergência

Com a situação de emergência, segundo o procurador jurídico Wellisson Muchiutti, a Prefeitura terá maior agilidade para socorrer as famílias pela tempestade, como a compra de material com dispensa de licitação.