Após Campo Grande afirmar que 63% dos pacientes internados no município são de outras cidades de , a CDL CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), afirmou que o setor sofre “discriminação” com os decretos estaduais que impõe medidas restritivas.

Hospitais de Campo Grande estavam com até 63% de ocupação em leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid com pacientes oriundos do interior de Mato Grosso do Sul no período em que o governo do Estado decretou restrições ao comércio da Capital e outras 42 cidades de MS. É o que aponta relatório de auditoria ao qual a reportagem do Jornal Midiamax teve acesso.

“Há tempos temos chamado a atenção para o quantitativo de ocupação de leitos por parte do interior, sem que medidas e investimentos fossem providenciados para as macrorregiões de nosso estado, desafogando Campo Grande”, destacou a Câmara. De acordo com eles, as “restrições são tornadas mais rigorosas, porém, apenas para alguns”.

Assim, os lojistas afirmam que sofrem discriminação. “Apanhamos diariamente pela falta de empatia de quem ainda não compreendeu que nosso inimigo é o vírus e nunca o varejo contra saúde, ou vice-versa”.

Os lojistas afirmam que concentram cerca de 65% dos empregos de Campo Grande. “Buscamos incansavelmente o diálogo com o executivo municipal e estadual, para minimizar os problemas”, disseram.

Por fim, afirmam que as UTIs devem ser para todos, mas pedem para que o setor não seja prejudicado. “O que queremos é atenção à saúde pública, de forma que nossa capital não seja sozinha penalizada e impactada com a falta de consciência de quem deveria no mínimo, bem administrar os recursos destinados à saúde”, finalizaram.