Violência doméstica no isolamento: saiba como se proteger e denunciar agressores
Apontado como efeito colateral da quarentena, o período de isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus tem aumentado casos de violência doméstica. Para evitar que eles se transformem em fatalidades, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) orientou tribunais de todo o País que divulguem os meios disponíveis para as vítimas procurarem ajuda. Em MS, o […]
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Apontado como efeito colateral da quarentena, o período de isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus tem aumentado casos de violência doméstica. Para evitar que eles se transformem em fatalidades, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) orientou tribunais de todo o País que divulguem os meios disponíveis para as vítimas procurarem ajuda. Em MS, o Governo lançou a plataforma Não se Cale, que permite o registro de denúncias online.
A situação de mulheres confinadas com seus agressores tem gerado preocupação em todo o mundo e a ONU (Organização das Nações Unidas) Mulheres chegou a emitir nota pedindo que governos adotem campanhas emergenciais para combater o incremento da violência.
Entidades que atuam na área vêem entre as causas desse aumento o medo da vítima de sair de casa para procurar ajuda e acabar se contaminando, além de seu distanciamento do restante da sociedade, como família e amigos, que possam ajudar a identificar e interferir na situação de violência.
Em Campo Grande, quem precisar fazer denúncias pode acionar a Polícia pelo 190 ou procurar a Casa da Mulher Brasileira, que conta com todos os atendimentos necessários nessas situações, desde o registro do boletim ao pedido de medida protetiva. Em casos extremos, há encaminhamento para abrigos de proteção. Pedidos judiciais relacionados ao tema estão sendo tratados com prioridade, conforme orientação do CNJ. Também está disponível para denúncias o Disque 180, do Governo Federal, que funciona para casos não emergenciais, assim como o Disque 100 que fornece orientações.
Entre as orientações para as vítimas, está deixar cópia da chave de casa escondida em local de fácil acesso sem o conhecimento do agressor, caso precise deixar o imóvel em situação de emergência. Também é recomendado criar sinal ou palavra que funcione como código a pessoas próximas, em caso de ameaça maior. Quem tem amigas ou parentes nessa situação, pode ajudar mantendo contato frequente por elas. É necessário evitar críticas e julgamentos, sob o risco de que as vítimas se afastem e fiquem ainda mais vulneráveis.
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