“Estamos em casa desde segunda-feira passada”. Foi essa frase que iniciou o relato de Rayana Melim, de 30 anos, moradora de Braga, cidade há 362 km de Lisboa, capital de . A psicóloga e o marido mudaram-se em junho do ano passado para construir uma nova vida. Em meio à pandemia do novo (Covid-19), o País está totalmente de quarentena.

“A ordem aqui é para que todos fiquem dentro de casa. Não é para sair, e caso precise, que faça o mínimo possível, quando for muito necessário”, explica. Rayana está estudando o Mestrado em Psicologia em Portugal, mas as aulas, assim como em escolas e universidades, foram suspensas. Felipe Goulart, marido de Rayana, está trabalhando em casa.

Segundo ela, cada dia aumenta mais o número de casos no país. Até o momento, 785 foram confirmados, 6.601 sob suspeita e três óbitos. “Não passa outra coisa na televisão. A preocupação é grande e ela precisa ser mesmo. É muito sério! Os casos aumentam absurdamente de um dia para o outro”, alega.

Um dos maiores problemas que a população portuguesa também está enfrentando é a perda de emprego. “Fronteiras foram fechadas, optaram por fechar todos os estabelecimentos como bares, boates, restaurantes (…) E o que estão falando é que tem muita gente perdendo emprego porque não estão abertos [locais]. A situação está bem difícil”, afirma.

Rayana, assim como muitos, espera que a situação no mundo não piore, e alerta a todos: “Parece loucura e medidas drásticas demais, mas não é. Evitem sair, principalmente para lugares que tenham aglomeração de pessoas. Lavem as mãos, passem álcool, limpem bem a casa, não coloquem a mão no rosto, porque infelizmente as coisas vão piorar…”, lamenta.