Usuários ‘migram’ da antiga rodoviária e tiram o sono de quem vive no bairro Amambai
Moradores do bairro Amambai, no entorno da Escola Estadual Maria Constância de Barros Machado, denunciam que suas casas estão sendo invadidas por usuários de drogas, vindos da região da antiga rodoviária. Um morador, que preferiu não se identificar, teve a casa invadida após um deles pular o muro e o portão de acesso. Outro, comerciante, […]
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Moradores do bairro Amambai, no entorno da Escola Estadual Maria Constância de Barros Machado, denunciam que suas casas estão sendo invadidas por usuários de drogas, vindos da região da antiga rodoviária. Um morador, que preferiu não se identificar, teve a casa invadida após um deles pular o muro e o portão de acesso. Outro, comerciante, costuma ajudar oferecendo água gelada e galões para que eles tomem banho.
A presença de viaturas da Polícia Militar é frequente, mas as abordagens se resumem a vistorias e orientações. O que todos concordam é que as pessoas que ocupam terrenos baldios e imóveis abandonados da região, merecem olhar atento do poder público e o vício deve ser tratado como doença.
Durante os primeiros meses da pandemia de coronavírus, escolas municipais passaram a oferecer acolhimento à população em situação de rua. Lá, contaram com atendimento médico, alimentação, banheiro com chuveiro e atendimento psicossocial. Na opinião de um comerciante local de peças de eletrodomésticos, que preferiu não se identificar, a ação deveria ser contínua.
“Essas pessoas que invadem as casas estão vindo de longe, a gente percebe que não são daqui. O problema dos usuários é igual um carro sem freio numa descida, se você não cuidar dele, não tem quem pare”, relata comerciante.
Cabelereiro de 29 anos, também morador da região, teve a casa invadida por usuários durante o dia. A casa onde ele mora, com mais duas pessoas, fica nos fundos de uma vila de kitnets. O lava jato que funcionava ao lado fechou no final do ano passado e, de lá para cá, o espaço vem sendo ocupado como um ponto de uso de drogas. “Não consigo ir na padaria, que é três quadras de casa, sem que pelo menos um deles me pare. Vizinhos meus, incluindo a dona das kitnets, não aguentaram a insegurança e mudaram daqui”.
Na rua lateral da casa dele três imóveis estão para alugar, somente na primeira quadra. Um deles era de cliente do seu salão, que também preferiu trocar de endereço. “Quem coloca para alugar ou vender fica sete, dez anos para arrumar inquilino ou comprador. A maioria são muros altos, alguns fechados com concertina, mas mesmo assim eles pulam. Esses dias colocaram um pano sobre a concertina para entrar em uma casa”, afirma.
O cabelereiro não sabe por quanto tempo ainda permanecerá no imóvel, após o incidente dessa semana. Ele ligou para a Polícia Militar, que faz rondas diárias na região. Enquanto a equipe do Jornal Midiamax estava no local, uma viatura fez vistorias no lava jato. O cabo Borher, do 1º Batalhão da Polícia Militar, explica que os usuários que estavam no antigo lava jato no momento da abordagem foram orientados. “O que a PM pode fazer é isso, revistar e orientar. Checamos todos, nenhum tem o nome sujo e nem foram encontradas drogas com eles no momento. O nosso trabalho é de enxugar gelo, porque prender não resolve o problema, eles são soltos daqui seis, sete dias”.
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