Universo da arte circense é discutido na UFMS como elemento didático e educativo

O Festival Mais Cultura promoveu na tarde de ontem, 18, a mesa-redonda “O uso das artes circenses no ensino: revelando sua potencialidade pedagógica e humana”. A atividade reuniu os convidados Juninho Le Chapeau, Luis Bruno de Godoy e Gilson Santos Rodrigues, com a finalidade de debater a arte circense como elemento didático e educativo. A […]

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O Festival Mais Cultura promoveu na tarde de ontem, 18, a mesa-redonda “O uso das artes circenses no ensino: revelando sua potencialidade pedagógica e humana”. A atividade reuniu os convidados Juninho Le Chapeau, Luis Bruno de Godoy e Gilson Santos Rodrigues, com a finalidade de debater a arte circense como elemento didático e educativo.

A atração foi transmitida na faixa das 18h, pelo canal da TV UFMS no YouTube, e contou com 243 visualizações. A conversa foi mediada pelo professor de Educação Física do Campus do Pantanal, Rogério Zaim-de-Melo.

Para dar início às atividades, o artista circense sul-mato-grossense Juninho Le Chapeau apresentou um trecho do seu espetáculo e explicou sua trajetória. “Comecei nas artes circenses com 15 anos, durante o Ensino Médio, e bem rapidamente eu já sabia que isso seria o norte da minha vida profissional. […] Depois da passagem pelo Circo do Mato, em 2008, eu me mudei para Londrina onde fiz a Escola de Circo de Londrina, que me fez despertar para esse caminho profissional e do circo social”.

Atualmente o artista faz parte do projeto Sucata Cultural, em Dourados. “É um espaço de cultura aqui da cidade que trabalha não só com circo, mas também com a dança e teatro. Nós temos uma biblioteca com títulos principalmente voltados para as artes que é aberta para a comunidade, temos uma área de exposição para as artes visuais”, conta.

Seguindo com a programação, o ator e palhaço Luis Bruno de Godoy também exibiu um trecho de seu espetáculo e destacou a construção da figura do palhaço. “Ele está presente no imaginário coletivo de maneiras distintas. Como uma figura do universo infantil, dos filmes de terror, desenho animado, de humanizador hospitalar e como os artistas que nós somos. Muitos inclusive podem até ter medo do palhaço”, ressalta. “O palhaço se encontra na nossa fraqueza enquanto sujeito. Eu rompo com as máscaras existentes e me coloco como sujeito vulnerável. Enquanto a sociedade pede para que eu seja um sujeito da razão e vitória, o palhaço se encontra no contrário a isso. Ele é aquele que vai vulnerabilizar a sua figura e se despir diante do público”, concluiu o ator.

Para o encerramento das discussões, o pesquisador Gilson Santos Rodrigues, do programa de doutorado de Educação Física da Unicamp, expôs as possibilidades de trabalhar o circo no ambiente escolar. “Quando os artistas apresentam na escola, isso é uma possibilidade de trabalho. Uma outra é quando os artistas desenvolvem oficinas, cursos e palestras. Também pode acontecer da escola organizar uma aula de passeio para assistir um espetáculo. Outra possibilidade ainda são os projetos extra curriculares, ou seja, projetos de circo não vinculados ao currículo escolar, mas que acontecem no espaço da escola. Outra relação é o circo da escola que é algo integrado ao projeto curricular”, explicou. (Informações da assessoria)

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