Taxa de vacinação despenca e é a pior de 23 anos em MS, aponta Ministério da Saúde

A pandemia do coronavírus (Covid-19) fez a taxa de vacinação despencar para o pior patamar dos últimos 23 anos. Até essa segunda-feira (21), a cobertura vacinal estava em 60% em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Ministério da Saúde. O estado não tinha uma imunização tão baixa desde 1996, quando registrou 39%. Os dados […]

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A pandemia do coronavírus (Covid-19) fez a taxa de vacinação despencar para o pior patamar dos últimos 23 anos. Até essa segunda-feira (21), a cobertura vacinal estava em 60% em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Ministério da Saúde. O estado não tinha uma imunização tão baixa desde 1996, quando registrou 39%.

Os dados indicam que o estado ainda está longe da meta brasileira, que é entre 90% e 95%. Nos últimos seis anos, apenas em 2016 (63,55%) e 2017 (85,8%) a meta não foi atingida.

No período, é possível observar que os anos de 2014 e 2015 foram os com maior cobertura da vacinação, com 110% e 113%, respectivamente.

Taxa de vacinação despenca e é a pior de 23 anos em MS, aponta Ministério da Saúde
Em azul claro, o resultado parcial de 2020, que está pouco abaixo do registrado no ano de 2016

Campo Grande

Na capital sul-mato-grossense a situação é semelhante. De 1º de janeiro a 21 de setembro de 2020, a cobertura vacinal ficou em 60,49%. O índice é muito perto do registrado em 2016, quando a taxa de imunização foi de 61,09%.

Diferente do cenário estadual, em Campo Grande, os melhores anos de vacinação foram 2018 e 2019, com taxas de 108,18% e 103,45%, respectivamente.

Taxa de vacinação despenca e é a pior de 23 anos em MS, aponta Ministério da Saúde
Em Campo Grande, número são semelhantes aos registrados em MS

Riscos

Em julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia alertado que a pandemia afetou a vacinação em pelo menos 68 países, colocando em risco 80 milhões de bebês. A entidade citou Brasil, Venezuela, Bolívia e Haiti como exemplos de países na América Latina em que a imunização vem caindo nos últimos anos.

Quando a vacinação está abaixo da meta, cresce o risco de retorno de doenças já erradicadas, como aconteceu ao sarampo em 2018, quando cerca de 10 mil casos foram registrados no país. Até o final de agosto de 2020, o país tinha 7.800 casos confirmados da doença.

O Ministério da Saúde informou que para esse segundo semestre estão previstas as campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite e multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos.

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