Sindicato diz que empregados do comércio foram coagidos a participar de carreata

Trabalhadores do comércio afirmam que foram obrigados a participar da carreta que aconteceu nesta sexta-feira (27) em Dourados pedindo a reabertura do comércio na cidade e que foi organizada por empresários do setor. A denúncia é do SECOD (Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados). Segundo comunicado emitido pelo SECOD, “vários empregados” procuraram a entidade […]

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Trabalhadores do comércio afirmam que foram obrigados a participar da carreta que aconteceu nesta sexta-feira (27) em Dourados pedindo a reabertura do comércio na cidade e que foi organizada por empresários do setor. A denúncia é do SECOD (Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados).

Segundo comunicado emitido pelo SECOD, “vários empregados” procuraram a entidade para informar que foram “coagidos a participar da passeata de iniciativa de alguns empresários” da cidade na manhã desta sexta-feira (27), sob pena de serem demitidos.

“Oportunamente informamos aos trabalhadores que foram e estão sendo ou venham a ser coagidos por seus empregadores a voltar ao trabalho a qualquer custo, sob pena de perder seus empregos, também informamos que tal situação já foi informada aos órgãos competentes para que as medidas e providências cabíveis sejam tomadas”, diz nota.

O SECOD manifestou “total repúdio ao ato irresponsável de iniciativa de alguns empresários, que estão na contramão de todas as orientações de especialistas da saúde do mundo inteiro”. A nota assinada  pelo diretor presidente do sindicato, Pedro Lima, e por Gilvane Bezerra da Silva Dias, do departamento jurídico também pediu calma aos comerciários e cautela diante de “orientações equivocadas”.

Ouvido pelo reportagem do Midiamax, o presidente da ACED (Associação Comercial de Dourados) Nilson Aparecido dos Santos afirmou que “as pessoas que participaram dessa manifestação vieram por livre e espontânea vontade. Ninguém foi obrigado a nada uma vez que todos estão preocupados com essa situação  extremante delicada que pode afetar a vida e o futuro das pessoas”.

“Os empresários que estão aqui hoje são conscientes da gravidade da situação imposta pelos riscos de contaminação do coronavírus.Entretanto, não podemos ficar de braços cruzados esperando que as coisas fiquem ainda piores e podem levar o setor comercial de Dourados ao colapso. Além da sobrevivência de nossas famílias e compromisso que temos com nosso funcionários,  cada um tem que arcar com o aluguel de seu imóvel”, pondera o presidente da CDL (Câmara de Diretores Lojistas) de Dourados, Giovani Dal Molin.

O empresário do setor de comunicação visual, Paulo Sérgio Fernandes Rosa, um dos líderes do movimento que pede a reabertura do comércio em Dourados  rebateu  a acusação feita pelo SECOD e disse que está disposto a apresentar uma denúncia na delegacia de polícia  caso ele não apresente os nomes dos empresários que fizeram a coação.

“Na hora do almoço ele (presidente do SECOD  me ligou e me pediu para que eu retirasse o que eu disse em relação a ele, mas eu falei que não vou  retirar nada. Ele que prove as acusações que fez e que dê os nomes de quem fez as ameaças de demissão”, disse Paulo Sérgio.

 

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