Apesar de ter experiência comprovada de 11 anos como auxiliar de cozinha, Júlia Clara Jarde, de 35 anos, está desempregada e, sem alternativas, viu a necessidade de pedir dinheiro em semáforo para conseguir alimentar as filhas.

Com um cartaz pedindo ajuda e de motorista em motorista no sinaleiro, a mãe conta as moedas para conseguir comprar o leite das filhas, de 2 e 3 anos. Júlia conta que chegou em no final do mês de março, vinda de São Paulo.

Sem emprego, auxiliar de cozinha vê nos semáforos de Campo Grande a saída para alimentar as filhas
Foto: de , Midiamax

“Um pouco depois que a começou lá [em SP], o patrão foi demitindo, até que chegou a minha vez. Muitos lugares fecharam as portas e faliram, aí pensei em vir para cá achando que estaria melhor”, disse a moradora.

Ao chegar em Campo Grande, Júlia se assustou com o cenário, pois devido a pandemia, a situação não estava das melhores. “Eu fui fazendo diárias em casas para sobreviver, mas agora está difícil. Ninguém chama por que tem medo do coronavírus. Como não estava conseguindo nada, para garantir o leite das meninas, decidi pedir no semáforo”, disse.

Júlia mora com as filhas no Jardim Noroeste e, durante o dia, quando ela vai em busca de doações, as crianças ficam com a mãe dela, que já morava na Capital. Para quem quiser ajudar Júlia, pode entrar em contato diretamente com ela no (67) 99673-3564.