Sem concorrência por quarentena, sucateiros pagam metade e pioram situação de catadores
Com a atual situação de pandemia e a situação de emergência decretada em Campo Grande e no país, por conta do coronavírus (Covid-19), os catadores de reciclagem estão vendo sua situação piorar a cada dia. Com vários locais fechados, os que estão abertos acabam pagando menos da metade do valor pelos recicláveis, e além do […]
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Com a atual situação de pandemia e a situação de emergência decretada em Campo Grande e no país, por conta do coronavírus (Covid-19), os catadores de reciclagem estão vendo sua situação piorar a cada dia. Com vários locais fechados, os que estão abertos acabam pagando menos da metade do valor pelos recicláveis, e além do medo do contágio a luta pelo sustento tira o sono de quem não tem outra fonte de renda.
De acordo com José Roberto, 48 anos, atualmente o quilo da latinha, por exemplo, é comprado por menos da metade do valor antes da quarentena. “Os locais que compram estão fechados, e o que está aberto deixou de pagar R$ 3,70 e está pagando só R$ 1,50”, disse.
Nessa situação o medo do contágio acaba aumentando, já que o dinheiro também diminui e não é viável comprar materiais de proteção. “A gente tem muito medo do contágio, mas com essa exploração no valor pago pelos materiais, a gente opta em ter para a comida e fica sem material de proteção mesmo porque é caro”, relatou José.
Sobre como vai se virar no período, José que é morador do bairro Jardim Teruel, relatou que está sem dinheiro, mas que está dando um jeito de sustentar a família de 6 pessoas.
“Tinha uma reserva”
Com medo da contaminação e catando recicláveis desde 1997, Cleber Braga, 42 anos, morador do Dom Antônio Barbosa, relata que sustenta a família apenas com o que recebe dos recicláveis e está se mantendo com uma pequena reserva que tinha feito.
“Eu tenho luva e tenho máscara, mas ainda assim a gente fica com medo. Eu sustento minha família só com o ganho dos recicláveis e não estou vendendo porque as cooperativas estão fechadas. Tô usando uma pequena reserva que tinha para manter a casa”, contou.
Proteção cara
Há um consenso sobre o custo da proteção entre a categoria. Para os catadores, mesmo com o medo do contágio, o uso de luvas e máscaras não é opção. “Uma bag de material não dá para comprar uma luva. Então a gente fica sem mesmo porque tem que sustentar a família”, destacou Marcio Lima, 44 anos.
Morador do Jardim Teruel, o dinheiro dos recicláveis é a única fonte do sustento dele, da esposa e mais dois filhos e o medo de não ter onde vender vem assolando suas noites de sono.
“Eu tenho medo do contágio sim, mas tenho mais medo de fechar tudo e não ter material para catar e nem onde vender. Eu trabalho de 8 a 9 horas por dia, é daqui que tiro o sustento da minha família”, disse.
Para se prevenir, Márcio carrega uma garrafa com água sanitária e desabafa que no momento tem comida em casa para 15 dias. “Se a quarentena durar mais do que isso eu não sei o que vamos fazer”, conclui.
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