de mães na frente do CEM (Centro de Especialidades Médicas), na manhã desta quinta-feira (16), acabou com troca de acusações entre Guarda Civil Municipal, funcionários e o Loester Trutis (PSL). Houve confusão e até a PM (Polícia Militar) foi acionada.

O movimento foi organizado por um grupo de cerca de 9 mulheres de baixa renda que são mães de crianças especiais. Elas alegam que estão há 4 meses sem receber fraldas e alimentar para os filhos, conforme determinação judicial.

Com o tumulto, o caso foi parar na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Dois funcionários do CEM procuraram a delegacia para registra o caso.

Um deles, que não quis se identificar, trabalha no administrativo do órgão e disse ao Jornal Midiamax que foi ameaçado pelo deputado. “Ele falou que se não abrisse o estoque para ele em 10 minutos ele iria dar voz de prisão”, relatou.

Então, o funcionário alegou que houve abuso de autoridade por parte do parlamentar, uma vez que ele poderia ter encaminhado um ofício solicitando informações sobre o estoque desses suprimentos no local.

Conforme o relato, Trutis questionou o destino de verba federal para comprar esses suprimentos e o funcionário teria explicado como funcionam os recursos de cada setor.

Direito de fiscalizar

Já o deputado federal disse à reportagem que já foi pago à prefeitura recurso federal de R$ 800 mil destinado a custear as fraldas e alimentar para essas mães. “Se mandei esse dinheiro, por que não foi comprado?”, questionou.

Ainda conforme o parlamentar, não houve abuso de autoridade. “Como o dinheiro envolve verba federal, eu tenho prerrogativa para fiscalizar e impedir a fiscalização de agente federal é crime”, exclamou.

Então, o deputado confirmou que acionou a PM. “Acionei porque eles [guardas municipais] ofereceram risco à integridade física. Estavam com escopeta na mão”, declarou.

A Guarda Municipal informou que mobilizou 13 servidores para atender a ocorrência e que o deputado estava filmando e causando tumulto no local.

Questões burocráticas

Em relação à falta dos suprimentos, a (Secretaria Municipal de Saúde) informou que são mais de 200 pacientes atendidas pelo programa e que os casos em atraso são devido às questões burocráticas. A secretaria informa que está dando celeridade na aquisição desses insumos para garantir o atendimento a esses pacientes.

Conforme a assessoria da Sesau, verbas oriundas de emendas parlamentares não podem ser empregadas no pagamento de demandas judiciais.

(Atualizada às 13h20) GM