Suspeitas de cartel em Campo Grande, revendas de gás recebem ‘batida’ da polícia e do Procon
Depois de denúncia do Jornal Midiamax revelar esquema de cartel do gás em Campo Grande, vários donos de revendas foram surpreendidos por fiscais do Procon e investigadores da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (25). A ação faz parte de investigações contra um grupo que combina os preços do botijão e intimida concorrentes que não […]
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Depois de denúncia do Jornal Midiamax revelar esquema de cartel do gás em Campo Grande, vários donos de revendas foram surpreendidos por fiscais do Procon e investigadores da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (25).
A ação faz parte de investigações contra um grupo que combina os preços do botijão e intimida concorrentes que não aceitam subir o valor do produto.
No total, quatro revendas foram notificadas a apresentar, no prazo de dez dias, notas fiscais de entradas e saídas de produtos. Além disso, os proprietários prestaram depoimento aos investigadores da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e da Dedfaz (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações).
Outras irregularidades foram constatadas. Das quatro revendas fiscalizadas, uma delas revendia produto o qual não tinha credenciamento para vender. A prática é vedada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo). No mesmo local, as equipes descobriram que o estabelecimento armazenava 132 botijões, quando sua capacidade é de 120.
No momento em que as equipes estavam no local, o entregador estava sando para uma entrega sem emitir a nota fiscal.
Além das notas fiscais, o Procon solicitou a apresentação do Mapa de Controle e movimentação mensal dos últimos três meses.
Esquema criminoso
Prints em um grupo de WhatsApp os quais a reportagem do Jornal Midiamax teve acesso revelam que houve uma reunião entre os revendedores de gás para combinar o preço da venda. “Complicado, muitos não foram ontem”, diz um deles. Outro completa: “Mas todos estão sabendo do aumento. Se nós não unirmos agora, pode larga mão” (sic), diz outro.
A prática é crime e os proprietários dessas revendas sabem disso. Em trecho da conversa no grupo um deles diz: “Tem que tomar cuidado em como falar com quem não quer subir o preço, porque pode complicar se denunciar”. Outro é mais enfático e diz que é melhor “parar de conversa mole e agir sem ficar com medo de responder crime”.
A conversa envolve pelo menos 7 revendedores, que estão liderando o movimento.
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