Perto dos 50 mil casos, MS registrou primeira morte por coronavírus há 5 meses

Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou a Mato Grosso do Sul com primeiros casos confirmados, não demorou muito para que a primeira morte causada pela Covid-19 dominasse as manchetes de todo noticiário do Estado. Há exatos cinco meses Eleuzi Nascimento, aos 64 anos, sucumbia ao vírus, em 31 de março. De lá para […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou a Mato Grosso do Sul com primeiros casos confirmados, não demorou muito para que a primeira morte causada pela Covid-19 dominasse as manchetes de todo noticiário do Estado. Há exatos cinco meses Eleuzi Nascimento, aos 64 anos, sucumbia ao vírus, em 31 de março.

De lá para cá, a pandemia avançou nas cidades, fechou comércio, trouxe o toque de recolher, mudou hábitos e, em consequência, centenas de pessoas morreram e outras milhares foram infectadas.

De acordo com os dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), até este domingo (30) foram 851 mortes causadas pelo vírus e os casos confirmados ultrapassam a marca de 48,5 mil. A expectativa do Governo é que o mês de agosto se encerre com 50 mil casos confirmados.

Levando em conta a quantidade de óbitos causados pelo coronavírus nos últimos cinco meses, pelo menos cinco pessoas morrem por dia vítimas da doença em Mato Grosso do Sul.

Evolução da pandemia

Eleuzi Nascimento, de 64 anos e moradora de Batayporã morreu em Dourados, distante 225 quilômetros de Campo Grande. Ela foi contaminada após ter contatos com parentes que viajaram à Bélgica. Àquela época, os casos no exterior explodiam, com surto que causou isolamento total na Itália e em outros países do continente.

A evolução na quantidade dos casos que culminaram em morte foi lenta no Estado no início da pandemia. A 10ª morte causada pelo coronavírus por aqui foi registrada no dia 3 de maio, mais de 30 dias após o primeiro registro.

Até então, era comum que os boletins diários da doença passassem alguns dias sem trazer novos óbitos pelo Covid-19, apesar do aumento de casos confirmados da doença.

O aumento dos casos, contudo, teve tração a partir de junho e a partir do mês passado, em julho, passou a ser quase que constante o status de “taxa alta” nos números de contaminação e mortes da doença no Estado, se comparado a outras unidades da federação.

Estratégias contra o vírus

Desde que o número de casos aumentou, prefeitos têm tentado de várias maneiras frear o avanço do vírus. Entre as estratégias utilizadas nas cidades estão toque de recolher, proibição de consumo de álcool em locais públicos, fechamento de praças, parques, comércio e shoppings, instalação de barreiras sanitárias e até bloqueio de entrada de visitantes, como foi ocaso de Anastácio no início de agosto. 

Em Campo Grande, a primeira ação se deu logo em 19 de março, quando a prefeitura publicou um dos primeiros decretos definindo fechamento do comércio em 21 de março. Àquela altura, a expectativa é que com os locais fechados, diminuísse a circulação de trabalhadores nos ônibus, que tiveram lotação reduzida, e que moradores respeitassem o isolamento social em casa.

O comércio reabriu e muitos serviços foram retomados, no entanto, muitos trabalhadores seguem no formato home office e contribuem para o isolamento. No meio do mês, no fim de semana, a Capital proibidu o consumo de bebida alcoólica em locais públicos. A intenção do poder público foi diminuir o trânsito de pessoas alcoolizadas e, assim, reduzir acidentes que têm contribuído para lotação de leitos nos hospitais. A medida, contudo, vigorou apenas em um fim de semana.

Atualmente, Campo Grande tem em vigor toque de recolher que inicia às 22 horas e vai até às 5h do dia seguinte. Funcionamento de estabelecimentos comerciais voltou ao normal e em bares e restaurantes há uma série de medidas de prevenção que precisam ser seguidas.

A principal mudança na rotina dos sul-mato-grossenses ainda imposta pela pandemia é em relação às aulas presenciais, que sempre proibidas em todo o Estado. Eventos de grande porte e atividades de entretenimento, como parques e cinemas, também continuam suspensos.

Conteúdos relacionados