Vacilões da pandemia: vendedoras de Campo Grande reclamam de clientes que não querem nem usar álcool

A flexibilização para reabertura do comércio mostrou o quanto é difícil manter uma população alinhada com medidas de prevenção, que podem salvar muitas vidas. Usar máscaras, respeitar distanciamento, evitar sair de casa recomendações que não são levadas a sério por todos que frequentam as lojas no centro de Campo Grande. Para quem trabalha no comércio, […]

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A flexibilização para reabertura do comércio mostrou o quanto é difícil manter uma população alinhada com medidas de prevenção, que podem salvar muitas vidas. Usar máscaras, respeitar distanciamento, evitar sair de casa recomendações que não são levadas a sério por todos que frequentam as lojas no centro de Campo Grande.

Para quem trabalha no comércio, lidando diretamente com os clientes, o esforço é ainda maior para explicar a importância das medidas nesse momento para entrar nos estabelecimentos e convencer a passar álcool em gel tem sido um grande obstáculo na hora a venda.

Segundo a vendedora Patricia Gonçalves, 22 anos, no começo o desafio era o uso da máscara, mas agora as pessoas desistem da compra já na porta da loja por não querer passar o sanitizante nas mãos.

“Antes do decreto de fechamento o pessoal reclamava da máscara, tanto de usar quanto de nós vendedores usarmos, mas depois que reabriu até agora não atendi ninguém sem. O problema tem sido o álcool. Tem cliente que chega e pede, porém alguns reclamam e aí tem que ser firme e dizer que é protocolo da loja”, relata.

Mas há também os que desistem e vão embora, de acordo com a também vendedora Jessica Ramos, 23 anos. “Uns 5% dos clientes nem entra na loja quando falamos do álcool em gel. Alguns dizem que já passaram e não querem passar novamente e aí vão embora. Outros só dizem que então voltam depois. Outros fecham a cara e viram as costas. Pessoal resmunga mesmo”, afirma.

10% sem máscara

Situação que tem sido diferente para a vendedora Fernanda Marques, 37 anos. Ela trabalha em uma ótica e enfrentou um pouco dificuldade com o distanciamento no começo, mas agora conta que os clientes têm respeitado todas as regras no local.

“Hoje 10% dos clientes vem sem máscara para o atendimento, as pessoas estão mais conscientes. No começo tinha cliente que queria abraçar e a gente se afastava, agora eles até esperam a higienização dos objetos para serem atendidos”, diz.

Segundo ela quando alguém precisa fazer a medição para o novo óculos, se a pessoa está sem máscara a orientação é evitar conversas. “A gente mantém a distância e pede para que o cliente não fale. Assim que terminamos nos afastamos e limpamos o equipamento”, completa.

 

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