PMA apura 194 focos e tenta identificar autores de queimadas no Pantanal

A PMA (Polícia Militar Ambiental) apura possíveis focos criminosos na região do Pantanal, para identificar e punir os responsáveis. Em uma semana o número saltou de 52 para 194, apesar do trabalho incessante dos bombeiros e brigadistas nas ações de combate aos incêndios na região. Os dados da Operação Pantanal foram apresentados nesta quinta-feira (7). […]

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A PMA (Polícia Militar Ambiental) apura possíveis focos criminosos na região do Pantanal, para identificar e punir os responsáveis. Em uma semana o número saltou de 52 para 194, apesar do trabalho incessante dos bombeiros e brigadistas nas ações de combate aos incêndios na região.

Os dados da Operação Pantanal foram apresentados nesta quinta-feira (7). A PMA informou que o tempo seco favorece o surgimento de novos focos que podem ter origem criminosa, já que as queimadas, mesmo controladas, estão proibidas por três meses.

“Toda ação de combate tem sido extremamente eficiente, mas em função das condições climáticas nós temos um aumento sistêmico desses focos, inclusive nessa semana alterando um pouco o perfil. A situação ainda é extremamente crítica e nós vamos monitorar nos próximos três meses, permanentemente, porque nós sabemos que há uma sinalização de chuva a partir do dia 16, o que deve nos ajudar muito, mas não será suficiente para que a gente encerre a questão dos incêndios”, disse o secretário Jaime Verruck.

No dia 24 de julho o governador Reinaldo Azambuja decretou situação de emergência ambiental em decorrência dos incêndios, que castigam sobretudo moradores de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande. A cidade tem sido encoberta por nuvem de fumaça, piorando a qualidade do ar que já está bastante comprometida pela baixa umidade.

Com o agravamento dos incêndios o Ministério da Defesa destacou equipes e aeronaves para ajudar no combate, entretanto novos focos surgem a cada dia, sobretudo na parte mato-grossense do Pantanal. “Em Mato Grosso do Sul tem três focos principais: Kadwéus em Porto Murtinho, Corumbá e Ladário e Porto Jofre na Serra do Amolar. Agora temos uma ação integrada com Mato Grosso, todas as equipes do Ministério da Defesa, Corpo de Bombeiros e Prev Fogo atuando no bioma Pantanal dos dois Estados”, completou o secretário.

O comandante da PMA, tenente coronel José Carlos Rodrigues, anunciou reforço nas ações de fiscalização no Pantanal para reprimir as queimadas. Segundo ele, só nesse ano a PMA já emitiu mais de R$ 1 milhão em multas pelo crime relacionado a queimadas não autorizadas.

A Operação Pantanal conta com a coordenação da Marinha, em Corumbá, e pela primeira vez tem apoio do Ministério da Defesa. “O Ibama sempre nos ajudou nessas ações de combate aos incêndios, mas pela primeira vez temos o apoio do Ministério da Defesa com um suporte de cinco aeronaves. Nunca tivemos uma estrutura tão forte como agora, até porque, a situação assim o exige”, frisou Verruck.

Os dados foram apresentados durante reunião entre a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), comandante da PMA, tenente coronel José Carlos Rodrigues; o tenente coronel Waldemir Moreira Junior, do Corpo de Bombeiros, e a coordenadora do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Franciane Rodrigues.

Todas as sextas-feiras será feito balanço das ações da Operação Pantanal. As próximas serão transmitidas pela internet para facilitar o acesso às informações. (Com informações da Semagro)

 

 

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