Em chamas, Pantanal de MS tem 50 focos de calor ativos e chuva pode amenizar crise

O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem cerca de 910 mil hectares destruídos pelo fogo desde o início do ano, conforme dados apresentados em live na manhã desta sexta-feira (14). São agora, 50 focos de incêndio controlados pelos 409 profissionais que combatem as chamas na região. A esperança é de que uma chuva prevista […]

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O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem cerca de 910 mil hectares destruídos pelo fogo desde o início do ano, conforme dados apresentados em live na manhã desta sexta-feira (14). São agora, 50 focos de incêndio controlados pelos 409 profissionais que combatem as chamas na região. A esperança é de que uma chuva prevista para domingo (16) amenize a situação grave no Pantanal.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), apresentou as ações desenvolvidas no combate ao fogo. O Governo do Estado já decretou situação de emergência ambiental. “Importante lembrar que qualquer tipo de incêndio, em território urbano ou rural, é criminoso”, disse o secretário Jaime Verruk.

A fala se dá após constatação de mais de 90% dos incêndios são causados por ação humana.

O secretário afirma que o trabalho de combate é “um dos maiores esforços que já tivemos”, após a região sofrer um período longo de seca. Além disso, “foi o menor nível do rio no Pantanal e tivemos redução do volume de chuva”, destacou. No entanto, o otimismo para que a situação se amenize, vem com a notícia de chuva.

A coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), Franciane Rodrigues, revelou a possibilidade de chuva na região pantaneira no próximo domingo. “Sábado já teremos instabilidade, sendo que domingo e segunda-feira será o nosso melhor dia. A chuva prevista irá minimizar a situação. Não resolve, mas ameniza”, destacou.

Luta diária

Segundo o tenente coronel Moreira, a luta diária no combate às chamas envolvem 409 homens, entre militares dos bombeiros, PrevFogo, Exército e PMA (Polícia Militar Ambiental). Ele destaca que o mês de agosto pode atingir a máxima histórica de focos, que até o momento é de 6,629 somente este ano. Hoje, são 50 focos na região.

Na terra indígena dos Kadiwéus há três brigadas. “Há risco de contaminação dos indígenas que moram na região, por isso, duas brigadas estão dentro da área e uma fora com cerca de 30 homens”, explicou. Além dessas há base em Poconé (MT), na divisa com MS. “A região mato-grossense não tem mananciais para utilizar como fonte de recursos no combate, por isso fazemos o trabalho daquela região”.

Para se ter uma ideia, focos distantes 200 quilômetros de Corumbá, em linha reta. Por isso, os militares contam com 38 viaturas, seis aeronaves e uma embarcação.

O contra-almirante Sérgio Gado Guida, comandante do 6º Distrito Naval de Ladário, explicou que além da área Kadiwéu e a base em Poconé, a Serra do Amolar, tem dois focos em monitoramento. Ele destaca que a intensa fumaça na região também é preocupante. “É impressionante a quantidade de fumaça, que também atinge Campo Grande”, frisou.

Corumbá ocupa, segundo dados, a 2ª posição em focos de incêndio do Brasil, Porto Murtinho esta na 11ª posição. Na lista de Mato Grosso do Sul, seguem Corumbá, em 1º, Porto Murtinho, Ladário e Aquidauana em seguida. Segundo o levantamento, MS atingiu 910 mil hectares queimados e a área de MT já tem 640 mil, ou seja, já são 1,550 mil hectares de área queimada.

 

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