Oportunidade de trabalho supera medo de quem precisa enfrentar viagem longa em ônibus

Mesmo com os riscos de contaminação pelo coronavírus, viajar de ônibus é única opção para algumas classes sociais, em sua maioria, a necessidade da viagem é em decorrência do trabalho. A equipe do Jornal Midiamax visitou a rodoviária de Campo Grande e conversou com passageiros. Larissa Magalhães, de 21 anos, veio de Corumbá para uma […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mesmo com os riscos de contaminação pelo coronavírus, viajar de ônibus é única opção para algumas classes sociais, em sua maioria, a necessidade da viagem é em decorrência do trabalho. A equipe do Jornal Midiamax visitou a rodoviária de Campo Grande e conversou com passageiros.

Larissa Magalhães, de 21 anos, veio de Corumbá para uma entrevista de emprego, segundo ela, o medo é constante para quem viaja de ônibus, mas a vinda para a Capital era necessária para ajustar os detalhes da contratação. “Medo a gente sempre tem, porque viajamos com pessoas de fora, da Bolívia, mas vim para acertar detalhes do trabalho”, disse ela.

A passageira conta que as empresas de transporte rodoviário estão disponibilizando álcool em gel e medindo a temperatura, mas a situação nunca é de tranquilidade. “Não me sinto confortável em viajar, mas é a uma necessidade”, finalizou.

Quando entrevistada, ela estava voltando para sua cidade natal, empregada, Larissa irá trabalhar no modelo home office, de Corumbá, como auxiliar de logística.

Mais trabalho

Para quem já estava em Campo Grande há cerca de um ano e meio, o motivo da viagem é a busca de uma nova oportunidade de trabalho. Ademir Pereira, de 30 anos, comprou uma passagem de volta para Aquidauana, retornando a profissão de trabalhador rural.

Oportunidade de trabalho supera medo de quem precisa enfrentar viagem longa em ônibus
Lucas Vigente (Foto: Leonardo de França/Midiamax)

Segundo ele, o embarque ficou agendado para o último sábado (12),  mesmo com o receio de viajar de ônibus. “Tenho Medo, ficamos com medo de pegar e transmitir. Meu tio morreu de coronavírus aqui em Campo Grande e minha prima também pegou”, disse ele.

Para quem atravessou a fronteira estadual, o olhar é um pouco diferente. motorista free lance, Lucas Vigente, de 37 anos, veio de Umuarama no Paraná, para entregar um veículo e retornará de ônibus.

De acordo com ele, a segurança dependendo de cada indivíduo e que é preciso aprender lidar com o vírus. “Eu me sinto seguro viajando, me protejo, uso máscara e tenho meu próprio vidro de álcool em gel, temos que nos cuidar e apreender a conviver”, finalizou Lucas.

 

Conteúdos relacionados

paciente