Obrigatórias nos ônibus, máscaras viram alternativa de renda para ambulantes em Campo Grande
As máscaras são obrigatórias nos ônibus a partir desta segunda-feira (4) e viraram uma opção de renda para os ambulantes em Campo Grande. Quem antes vendia guarda-chuva ou trufas na rua passa a oferecer o produto ‘do momento’: as máscaras de prevenção ao coronavírus. Desempregados também buscam na venda informal uma maneira de colocar comida […]
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As máscaras são obrigatórias nos ônibus a partir desta segunda-feira (4) e viraram uma opção de renda para os ambulantes em Campo Grande. Quem antes vendia guarda-chuva ou trufas na rua passa a oferecer o produto ‘do momento’: as máscaras de prevenção ao coronavírus. Desempregados também buscam na venda informal uma maneira de colocar comida na mesa.
É o caso de João Batista, de 29 anos. Ele trabalhava como jardineiro, mas perdeu a maioria dos trabalhos durante o período de pandemia. Para ele, a máscara foi uma solução. Com cada unidade a R$ 5, ele vende cerca de 60 por dia e consegue se manter.
“Eu tenho filho de 9 meses e outra menina de 6 anos. Não estava conseguindo colocar alimento em casa e decidi vender máscaras. Algumas pessoas veem a gente vendendo na rua e ofendem, chamam de vagabundo, mas não sabem o que passamos”, afirma.
João Batista conta que chegou a passar fome durante a pandemia, mas agora vende máscaras durante o dia e faz bicos de segurança durante a noite. Para quem quiser comprar uma máscara, ele disponibilizou o telefone (67 99321-3167).
Cícero Firmino, de 57 anos, é vendedor ambulante há três décadas e conta que se adapta às necessidades das pessoas. “Trabalhamos na rua, se está chovendo vendemos guarda-chuva. Se está frio vendemos luva e touca. Vender máscaras foi o que surgiu de repente e o que virou fonte de renda. Estava feio para vendedor de rua”, explica. Ele consegue vender de 80 a 90 máscaras por dia e diz que consegue sobreviver com a renda.
Sandra de Oliveira, de 38 anos, trabalhava como vendedora de geladão e trufas em frente a uma escola. Com as aulas paradas, teve que mudar o ofício. “Fiquei pensando no que fazer e decidi vender máscaras. Consigo sustentar a mim e minha mãe, conseguimos pagar as contas”, diz. Ela conta que a mãe fabrica algumas máscaras, mas que complementa o estoque comprando de outra pessoa também.
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