Nos bairros, moradores relatam preço alto e dificuldade em encontrar máscaras
Preço alto e difícil de encontrar. A reportagem do Jornal Midiamax foi aos bairros na manhã desta segunda-feira (20) conferir se a população está seguindo a recomendação da Prefeitura de Campo Grande sobre o uso de máscaras e viu no bairro Santa Emília, por exemplo, muita gente sem a proteção por não ter condições financeiras […]
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Preço alto e difícil de encontrar. A reportagem do Jornal Midiamax foi aos bairros na manhã desta segunda-feira (20) conferir se a população está seguindo a recomendação da Prefeitura de Campo Grande sobre o uso de máscaras e viu no bairro Santa Emília, por exemplo, muita gente sem a proteção por não ter condições financeiras e nem ser fácil de encontrar à venda.
Alguns entrevistados concordam com a medida da prefeitura, mas reclamam do preço e não usam as máscaras. A auxiliar de serviços diversos, Monica da Silva, de 31 anos, diz ser a favor da recomendação em parte, pois muitas pessoas não têm condições de comprar. “Nem todo mundo conseguiu sacar o auxílio emergencial para comprar a máscara. Eu concordo que o uso é bom para evitar o contágio pelo ar, mas o problema é o acesso”.
A cuidadora de idosos, Cleide Oliveira, de 36 anos, começou a usar máscara nesta segunda-feira, com a recomendação. “A máscara me protege as pessoas e a mim também. Comecei a usar hoje pela recomendação, pelo aumento de número de casos e pelo fato de ter idoso em casa de 72 anos”.
O operador de máquinas, Rodrigo Silva, 26 anos, já tem costume de usar máscara todos os dias no trabalho. “Acho que nas ruas só deve usar quem está gripado. Quem não tem condição de comprar, fica inviável. Tem que trocar a cada duas horas, para isso, são 4 máscaras por dia”.
Trabalhador da área da saúde, Wellington França, 28 anos diz não ser a favor da obrigatoriedade, mas sim, da recomendação. “As pessoas não encontram e o governo não dá, não é acessível e o preço está meio salgado. O fato do prefeito liberar a volta do comércio já é um sinal de que o coronavírus tá acabando”.
Comércio
No comércio do bairro, os comerciantes e funcionários se previnem, mas não é o que acontece com os clientes. Dilson Lima, de 57 anos, trabalha em um pet shop e fala que a máscara não atrapalha em nada. “Vejo que 50% dos clientes são conscientes e outros não. Alguns pulam barreira que coloquei para regular a entrada e não se importam, outros já tomam os devidos cuidados. Tem gente que tira sarro”.
Gerente de rede de supermercado que preferiu não se identificar, não concorda com a recomendação da prefeitura e não obriga os funcionários a usarem máscara. “Desnecessária a recomendação, ajuda a prevenir mas não são todos que podem comprar. Oriento os funcionários a usarem, mas não conseguimos fornecer porque não tem onde comprar”.
Matheus Cristaldo trabalha em uma borracharia e usa a máscara todos os dias para se prevenir. “Uso desde do início da pandemia por causa das notícias na mídia e sempre estou em contato com pessoas”.
Na loja de utilidades onde Thaisa Rodrigues, 19 anos, trabalha, existem máscaras de pano à venda. “Nós produzimos e vendemos cerca de 15 máscaras por dia. A normal custa R$ 7 e a de pano duplo sai por R$ 16”.
Máscaras
As máscaras cirúrgicas realmente são difíceis de encontrar, mas o Ministério da Saúde disse que as de pano são até mais eficientes e é possível comprá-las por até R$ 10. Sites e aplicativos de venda e compra são os locais de venda mais comuns. No OLX, por exemplo, o preço mais barato de máscara de pano encontrado pela reportagem foi de R$ 4. Já no Mercado Livre, o mais caro é um kit com 48 máscaras de pano lavável de R$ 159 – fazendo as contas, cada uma sairia por R$ 3,31.
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