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Cotidiano

No dia do cego, famílias comemoram por ‘soltar as mãos’ dos filhos nas ruas de Campo Grande

Comemorado no dia 13 de dezembro, o Dia do Cego tem como objetivo incentivar a solidariedade para as pessoas com a deficiência. Em Campo Grande, os cegos contam com o apoio do ISMAC (Instituto Sul Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), que existe há mais de 60 anos e atende mais de 360 pessoas na Capital […]
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Comemorado no dia 13 de dezembro, o Dia do Cego tem como objetivo incentivar a para as pessoas com a deficiência. Em , os cegos contam com o apoio do ISMAC (Instituto Sul Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), que existe há mais de 60 anos e atende mais de 360 pessoas na Capital e 1,6 mil em MS.

A ajuda e apoio do instituto tem contribuído na compreensão da deficiência visual de muitas famílias que convivem com cegos e também no desenvolvimento das crianças deficientes.

Como no caso de Ana Paula Barbosa Barros, de 45 anos, que com o auxílio do Ismac, vê a filha Larissa, de 14 anos, se tornando uma adolescente extremamente ativa. Larissa nasceu cega e pegou toda a família de surpresa, mas conforme os anos, pais e irmãs compreenderam a deficiência.

No dia do cego, famílias comemoram por 'soltar as mãos' dos filhos nas ruas de Campo Grande
Larissa, de 14 anos, é atleta de | Foto: De arquivo pessoal

“No início foi um baque, eu não sabia o que fazer. Aí uma amiga indicou o Ismac e a Larissa passou a frequentar o instituto com apenas 3 meses. Eu não sabia lidar, tudo era uma novidade e lá eu tive todo o apoio, me acolheram muito bem e eu descobri que minha filha poderia ter uma vida totalmente normal”, disse Ana ao Jornal Midiamax.

Larissa cresceu junto ao instituto e comenta que o Ismac é a sua segunda família. “É a minha segunda casa, eu praticamente vivo lá e isso é muito importante para mim. Foi lá que fui alfabetizada com o braile, aprendi a me locomover, isso tudo foi importante para mim”, disse a jovem à reportagem.

Hoje, a adolescente se aventura como atleta de judô e já sonha com um futuro profissional. “Ela é atleta de judô, já viajou para fora do estado para competir, enfim, tem uma vida normal. Ela estuda em uma escola regular, mas a sociedade ainda precisa de toda uma inclusão que precisa ser discutida. Ainda existem muitos obstáculos para os cegos”, disse a mãe de Larissa.

Cego aos 9 anos

Convivendo com a baixa visão, Léia Ferreira Rodrigues, de 41 anos, passou por um momento muito difícil da vida ao ter que enfrentar a cegueira do filho Gabriel, na época com 9 anos de idade. Hoje com 12 anos, Gabriel desenvolvia a visão em tratamento no Ismac, mas perdeu totalmente ela.

No dia do cego, famílias comemoram por 'soltar as mãos' dos filhos nas ruas de Campo Grande
Gabriel em momento com a família | Foto: de arquivo pessoal

“Eu que convivo com a baixa visão, sei como é. Nossa família sofreu um abalo muito grande por conta disso, porque sabemos o quanto é difícil e nós, enquanto pais, viver isso através de um filho, sentimos na pele e na alma”, pontuou Léia.

Gabriel realizava tratamento para o desenvolvimento da visão até os 7 anos no Ismac e após perder a visão por completo, continuou com o atendimento.

“No Ismac tivemos todo o apoio. Eles têm o cuidado com as famílias, prestam apoio social e psicológico, e muitas das pessoas que fazem parte da direção, tem a deficiência e entende o que os atendidos passam. O Ismac foi fundamental nesse processo da minha vida”, disse à reportagem.

Hoje Gabriel tem 12 anos e vive uma vida normal, estuda, pratica esportes e brinca. “Sabemos da capacidade dele e por isso procuramos deixar ele solto para fazer as atividades que quiser”, finalizou. Assim como Larissa, Gabriel também pratica judô e também joga com os amigos no Ismac.

O ISMAC fica localizado na Rua 25 de Dezembro, 262, no Centro de Campo Grande. Para mais informações sobre o instituto, acesse o site ou ligue (67) 3325-0997.

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