O Governo do Estado divulgou, na tarde desta quinta-feira (15), o balanço da Operação Focus, que fiscalizavam e investigava incêndios criminosos no Pantanal. Apenas de aplicação de multas, foram arrecadados cerca de R$ 35 milhões.

A segunda fase da fiscalização começou em setembro e contou com efetivo de 23 servidores, sendo 6 fiscais da Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), 6 militares do Corpo de Bombeiros, 3 da PMA (Polícia Militar Ambiental), 5 da Polícia Civil e 3 do Garras ( de Repreensão de a Banco, Assaltos e Sequestros).

Foram vistoriadas 40 propriedades, e destas, 19 estavam com focos de queimadas ativos; e 3 pessoas foram preses em flagrante ateando fogo em vegetação.

Segundo o secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, ressalta que as queimadas controladas ainda estão proibidas até o mês de novembro.

“A operação foi feita estritamente para identificar dos incêndios florestais, e que sirva de processo educativo, além dos autos de infração que serão aplicados, essas pessoas vão responder administrativamente.”

Recorde de queimadas

De acordo com monitoramento da Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), o número de áreas queimadas bateram recordes em 2020. Seis municípios do Pantanal concentram 96% dos focos de calor, sendo , Porto Murtinho, Ladário, Aquidauana e Miranda.

“O fogo veio acompanhando o leito do Rio Paraguai. Cada mês do ano veio queimando áreas em pontos diferentes, isso criou uma cicatriz de queima. Mesmo após extinção total dos focos, temos como protocolo ficar 48 horas fazendo rescaldo para evitar que tenha retorno  e vigilância da área”, explica o tenente coronel Moreira.

Em , o fogo consumiu 1,9 milhão de hectares. Os maiores prejuízos aconteceram em aldeias indígenas. Conforme o levantamento, 91% da Baia dos Guató foi atingida, em seguia 83% da Tereza Cristina, 83% da reserva Perigara, 44% reserva Kadiwéu, 17% Taunay, e 0,3% Cachoeirinha.

As chuvas intensas previstas para os próximos dias devem trazer alívio aos combates nas regiões pantaneiras. O efetivo deve permanecer no local para monitorar possibilidade de ressurgir focos de calor.