Com o período chuvoso e os recentes casos de mortes causados pela dengue, a Prefeitura lança nesta quarta-feira (22) uma megaoperação para combate ao Aedes Aegypti em . A operação deve contar com 350 servidores e é a maior ação de combate ao mosquito dos últimos quatro anos.

A operação começa na região do Imbirussu, um dos locais com maiores índices de incidência do Aedes. O bairro Nova Campo Grande, por exemplo, registrou a morte recente de um rapaz por dengue.

Mosquito Zero: Contra o Aedes, prefeitura lança maior operação dos últimos 4 anos
Prefeito ressaltou que população também deve ajudar. (Foto: Marcos Ermínio)

Só na primeira quinzena de janeiro, foram mais de 300 de dengue em Campo Grande. O prefeito (PSD) frisa que a preocupação não cabe apenas ao poder público. “A gente não pode colocar nos braços do poder público o problema inteiro. Precisamos da ajuda de todos”.

O titular da (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, ressalta que há uma preocupação cada vez maior com o mosquito, já que as mortes por dengue não atingem apenas os mais ‘frágeis', como idosos. “Estes últimos quatro óbitos no estado foram de jovens, isso gera o alerta de um perigo maior”, diz.

Mosquito Zero: Contra o Aedes, prefeitura lança maior operação dos últimos 4 anos
Secretário diz que fumacê não pode ser aplicado em dias úmidos e chuvosos. (Foto: Marcos Ermínio)

A Sesau recebeu os inseticidas na segunda-feira (20) e já começou a utilizá-lo na região do Imbirussu. Entretanto, o secretário de saúde pontua que a aplicação do fumacê nos bairros depende do clima. Para que o inseticida seja efetivo no combate ao mosquito, o clima deve estar quente. “Em dias chuvosos e muito úmidos não dá para passar”, afirma.

A operação deve atuar na região do Imbirussu por 10 dias e a maior dificuldade da secretaria de saúde no combate à dengue é o acesso às casas. Dados apontam que 80% dos focos do mosquito estão em casas particulares e, deste total, os agentes de combate a endemias não conseguem entrar em 30% das residências.

Casas abandonadas, fechadas para venda ou aluguel e até a recusa do próprio morador em permitir a entrada do agente dificultam a ação da Sesau. “A missão da Sesau é que agentes de endemia consigam entrar nos imóveis que estão fechados”, pontua o secretário. Só no ano passado, a Prefeitura gastou R$ 27 milhões com a dengue em Campo Grande.

Mosquito Zero: Contra o Aedes, prefeitura lança maior operação dos últimos 4 anos
280 agentes de endemia participam da operação. (Foto: Marcos Ermínio)

Além da operação, a secretaria de saúde ainda disponibilizou pontos de coleta, para que a população descarte materiais corretamente e assim consiga evitar novos focos de dengue. As áreas de coleta ficam no Bairro Nova Campo Grande, Núcleo Industrial e no Altos do Panamá, além do Ecoponto do Zé Pereira. Durante 10 dias, estes locais estarão abertos (inclusive no sábado e domingo) para receberem o material trazido pela população.

“Estamos dando a oportunidade para a população fazer o descarte desses materiais que podem ser possíveis focos. São 4 pontos espalhados pelo município”, disse o secretário José Mauro Filho. Os pontos recebem sofás, fogões, pias, vasos sanitários, televisores, máquina/tanquinhos, tanques de lavar roupas, armários de aço, guarda-roupas, carrinho de mão e pias de cozinha.