A já matou mais de 147 mil pessoas no Brasil e em Mato Grosso do Sul mais de 1,3 mil já perderam a vida de acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde). Embora tendo cerca de 7 meses de pandemia, ainda há muitas dúvidas sobre o novo . Especialista comenta mitos e verdades sobre o vírus.

Um estudo publicado pela Universidade de Oxford, uma das pesquisadoras da vacina, sugere que as condições climáticas influenciam na transmissão de coronavírus, sendo que o clima frio e seco podem influenciar na disseminação. Isso acontece por dois fatores: estabilidade do vírus e baixa imunidade do hospedeiro.

Raios UV diminuem transmissão?

Verdade: Segundo o enfermeiro especialista em doenças infecciosas, Everton Ferreira Lemos, a luz solar pode apresentar efeito benéfico para redução da potencialidade virulência, embora não seja capaz de reduzir diretamente a incidência de casos.

“Os Raios UV (Ultra Violeta), podem sim causar mutações e inutilizarem diversas bactérias e vírus, entre elas o SARS-CoV 2. Entretanto, não se pode afirmar que apenas a exposição a luz solar é capaz de eliminar o vírus. Foram encontradas evidências de eficácia do uso de tecnologias baseadas em UV para desinfecção em condições muito específicas”.

Lemos também ressalta que a própria Anvisa (Agência Nacional de ) recomenda o uso dos raios para desinfecção de ambientes públicos e hospitalares.

Calor intenso ajuda na queda da transmissão?

Verdade: Nesta quarta-feira (7), o Estado manteve a estabilidade de casos de coronavírus, comparando ao calor intenso dos últimos dias, as temperaturas elevadas podem reduzir as chances de transmissão do vírus?

A Can the summer temperatures reduce COVID-19 cases (As temperaturas do verão podem reduzir os casos COVID-19?) utilizou modelagem para determinar essa relação e apontou que as chances de pacientes contraírem a Covid-19 é menor em países mais quentes e maior em países mais frios.

“Contudo este estudo foi realizado no início da pandemia, e não considerou os fatores de comorbidade para analisar as proporções dos casos. Baseado em estudos que analisaram clima e a transmissão da COVID19, países tropicais, como o Brasil que enfrenta elevadas temperaturas, tem ao seu favor um auxílio para a desaceleração do vírus”, disse.

Vale ressaltar que o distanciamento social é crucial para bloquear a transmissão, mesmo durante o verão, embora as pesquisas, ainda não se deve presumir as taxas de propagação diminuindo com as temperaturas altas.

Mito ou verdade: Luz do sol pode ‘matar’ coronavírus ou frear transmissão?
Academias privadas reabriram, mas precisam seguir regras rigorosas para evitar contaminação | Foto: Leonardo de | Midiamax

Academia ao ar livre diminui contaminação?

Mito: Tanto as atividades físicas realizadas em ambientes abertos ou fechados necessitam de distanciamento social, higienização e demais medidas.

“Devemos reforçar, que não é recomendada atividades em ambiente ao ar livre com exposição direta a luz solar e raios UV para benefícios da redução da COVID 19, tendo em vista que esta medida pode ocasionar danos em potenciais a saúde humana”, destaca Lemos.

Ambiente fechado mesmo com luz direta do sol aumenta transmissão?

Verdade: “Ambiente fechado, sem ventilação de ar natural e entrada da luz solar, pode sim aumentar a chance de propagação do vírus. Importante destacar que as medidas de biossegurança, em ambientes fechados, incluem o uso de máscaras de proteção (barreira física), higienização das mãos, sanitização do ambiente e manter o distanciamento entre as pessoas. ”

Tomar vitamina C ajuda reduzir risco de contágio?

Mito: A vitamina C pode reduzir as chances de infecção de doenças respiratórias sob certas condições como gripe e resfriados, porém, ainda não há estudos que comprovam a eficácia na redução da Covid-19.

“A Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), fez um posicionamento a respeito de micronutrientes e probióticos na infecção por COVID-19, e reforçou que a alimentação adequada é fundamental para a integridade do sistema imunológico. Embora enfatiza que nenhum dos nutrientes trata diretamente a infecção pelo COVID-19”, finaliza o especialista.