Após o MPMS (Ministério Público Estadual de ) dar aval às escolas particulares para que as aulas presenciais retornem no próximo dia 1º julho, os pais de alunos matriculados nas instituições de ensino se revoltaram com a medida. Em sua maioria, os pais temem a curva da , o novo , em MS, e afirmam que não permitirão que filhos retornem às salas de aula.

Mãe de uma aluna de escola participar, leitora do Jornal Midiamax, disse que os casos da doença estão se agravando no estado e questiona escolas. “Os casos estão aumentando. Quem ama não manda os filhos [para a escola nesse momento]. É a vida deles que estarão em risco e a dos pais também”, disse.

Outra leitora, mãe de aluno matriculado em uma instituição particular de ensino, disse que teme a curva acentuada e a atual estação do ano. “Em toda live [Governo e Prefeitura] pedem para ficar em casa e redobrar os cuidados. Como assim? alguém está de brincadeira com nossas crianças”, comentou.

Apesar da rotina exaustiva dentro casa durante a quarentena, as mães afirmam que nesse momento, o mais importante é se cuidar e ficar em casa. “Apesar de eu estar quase enlouquecendo em casa, com tantas atividades do meu filho de apenas 4 anos e com as minhas da , prefiro esperar até o final de julho para pensar em voltar [a mandar o filho para a escola]”, dialogou a mãe.

Outra mãe pede que as escolas pensem nas crianças e não ‘só no bolso’. “Será mesmo que estão pensando na saúde deles ou só no dinheiro da mensalidade?” disse uma mulher.

Autorização para volta às aulas

As escolas particulares de conseguiram aval do MPMS para retornarem às aulas presenciais já no próximo dia 1º de julho.  O calendário de retorno foi elaborado em reunião com os representantes do setor e a bênção do órgão, além de entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Câmara e Prefeitura Municipal.

Em transmissão ao vivo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) ressaltou que o calendário é uma previsão de retorno, mas ele não garante que as escolas serão autorizadas à voltarem com as aulas presenciais, apesar do acordo feito na reunião. “Foi criado um calendário para o dia 1º de julho, mas não quer dizer que vão ser reabertas as escolas já em 1º de julho. Criamos a data, agora para reabertura, vai depender de algumas coisas do mês de junho”, explicou.

De acordo com o prefeito, para que a rede privada de ensino campo-grandense volte às atividades presenciais, é preciso seguir uma série de medidas preventivas. Na transmissão, Marquinhos citou que é necessário o não crescimento e ocupação de leitos e UTIs (Unidades de Terapia Intensivas) da capital; curva baixa do monitoramento do coronavírus; vistoria completa dos planos de biossegurança apresentados pelas escolas; e vistoria completa, realizada por todos os órgãos que participam do processo desde o início, de todos os equipamentos de proteção de todas as redes de escolas particulares.

Ainda que o cenário venha a ser favorável até 1º de julho e as escolas privadas se adequem às medidas necessárias, o prefeito lembrou que a reabertura será gradual e apenas “para alunos de sete anos abaixo”. “Vamos aguardar o mês de junho para que, mais próximo, lá pelo dia 25 de junho, a gente possa dar uma certeza para as escolas em rede particular”.