Lojistas de Campo Grande retomam trabalho de olho no prejuízo da quarentena
Perda de contratos, redução no faturamento, descarte de mercadorias foram alguns dos problemas enfrentados pelos comerciantes de Campo Grande, durante esses onze dias de comércio fechado pela quarentena de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). Mesmo se reinventando e tentando se adaptar as novas formas de comércios, os prejuízos acabaram sendo inevitáveis em todos os ramos […]
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Perda de contratos, redução no faturamento, descarte de mercadorias foram alguns dos problemas enfrentados pelos comerciantes de Campo Grande, durante esses onze dias de comércio fechado pela quarentena de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19).
Mesmo se reinventando e tentando se adaptar as novas formas de comércios, os prejuízos acabaram sendo inevitáveis em todos os ramos do setor. Nas feiras, os comerciantes afirmam terem sidos pegos de surpresa com fiscalizações e fechamentos dos pontos, e acabaram perdendo toda a mercadoria que seria comercializada.
“Todos os feirantes de Campo Grande, desde do dia 21/03 estão impedidos de comercializar seus produtos nas Feiras Livres. Uma determinação sem prévio aviso, que trouxe enormes prejuízos. Perdemos muitos produtos”, diz um relato enviado ao Jornal Midiamax.
Para a gerente Elen Cardoso, 27 anos, o prejuízo maior da empresa de venda de cartões de saúde, foi a perda de pelo menos 300 contratos. “Nós nos adaptamos e estamos fazendo atendimentos por telefone, mas mesmo assim perdemos aproximadamente uns 300 contratos”, relatou.
Segundo ela a empresa que realizava até 40 atendimentos presenciais por dia, atualmente trabalha com 21 funcionários no atendimento telefônico e mais três em teletrabalho e por dia são feitas 500 ligações.
“Nós ligamos para o cliente já cadastrado no banco de dados e pedimos um novo contato para oferecermos o nosso serviço. Ainda precisamos dispensar seis funcionários, infelizmente”, contou.
Prejuízo de R$ 180 mil
Para o ramo de manutenção de fogões e outros eletrodomésticos, o prejuízo nesses 11 dias, chegou aos R$ 180 mil. Segundo Claudio Dionísio, sócio proprietário de uma assistência técnica, durante a quarentena a empresa optou em dar férias coletivas a 85% dos funcionários e manteve apenas 15% trabalhando.
“Hoje estou com três funcionários no teleatendimento e duas equipes de rua. O cliente liga, relata o problema e vamos até a residência”, disse.
Segundo ele, a queda de 85% no faturamento é de grande impacto. “Já estava difícil manter a empresa com 100% do faturamento, imagina agora com 15% apenas”, desabafou.
Faturamento do mês
Para Irineu Querubim, 51 anos, dono de uma loja de tecidos o prejuízo foi quase o faturamento total do mês. Segundo ele os clientes sumiram e a empresa está em busca de localizá-los. “A gente usa o banco de dados e liga para o cliente, se ele quiser muito vir a loja, a gente marca e atende um por vez. O decreto foi muito rígido para nós. Eu vivo 100% disso aqui”, relatou.
Nos bairros
Dono de uma loja de cosméticos, Genilson Pereira faz parte do grupo de comerciantes que adotou o atendimento via WhatsApp e as grades nas portas do estabelecimento para tentar manter o sustento garantido.
“Eu venho divulgando os produtos via whats. O cliente pode pedir pelo telefone também e vem retirar no local. O atendimento eletrônico dobrou, mas o presencial caiu 60% e isso traz prejuízos. O dono do ponto não quer saber, ele quer o aluguel mesmo durante a pandemia, então a gente faz o que pode para manter a renda”, contou.
Já dona de uma loja de utilidades que preferiu não se identificar, contou que não fechou as portas porque é o único meio de sustento da família e não pode parar. “Eu estou aqui há 20 anos, tenho contas a pagar, não posso manter o local fechado. Sustento minha família com isso”, concluiu.
Reabertura
Vale destacar que a reabertura do comércio de Campo Grande foi autorizada pelo Prefeito Marquinhos Trad (PSD). Os detalhes ainda não foram divulgados, mas conforme antecipou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Luiz Eduardo Costa, nesta quarta-feira (1°), a medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (6).
Segundo disse secretário ao Jornal Midiamax, estarão autorizados para reabrir as portas grande parte do comércio varejista, como é o caso de lojas de roupas e de utilidades, por exemplo.
Nove setores, no entanto, ainda não terão permissão para voltar a funcionar, entre eles estão academias, clubes de lazer, shoppings centers, Camelódromo e as escolas. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) antecipou ao Jornal Midiamax que alguns setores permaneceriam fechados em razão dos riscos causados pela disseminação do novo coronavírus.
Outros setores que permanecem com atividades suspensas são serviços tipo self-service, buffets, festas e eventos particulares, shows e apresentações culturais e parques de diversões.
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