Mesmo durante isolamento, nem pedidos delivery fazem alegria de restaurantes na Capital
Mesmo durante este período de quarentena devido ao coronavírus (Covid-19), os pedidos de deliverys, um dos poucos serviços autorizados a funcionar após o decreto municipal, estão “bombando”, em Campo Grande. Segundo comerciantes, o número de pedidos de comida express caiu consideravelmente. Proprietária da Dogueria & Cia, no Jardim Noroeste, Janice Mendonça Lemos, conta que a […]
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Mesmo durante este período de quarentena devido ao coronavírus (Covid-19), os pedidos de deliverys, um dos poucos serviços autorizados a funcionar após o decreto municipal, estão “bombando”, em Campo Grande. Segundo comerciantes, o número de pedidos de comida express caiu consideravelmente.
Proprietária da Dogueria & Cia, no Jardim Noroeste, Janice Mendonça Lemos, conta que a lanchonete costumava vender cerca de R$ 500 por dia, e agora o rendimento caiu para R$ 200. “Não está tão ruim, mas caiu bastante o faturamento. Nós abríamos às 18h e agora por entrar tão pouco, estamos iniciando os pedidos às 14h30”, lamenta.
O empresário Fernando Paiva é dono da Peri Peri Alimentos, no Carandá Bosque. A empresa produz comida italiana, e segundo ele o faturamento se manteve, mas percebeu que a grande parte dos pedidos são para áreas hospitalares e empresas que mantiveram os trabalhos durante a quarentena.
“Não tivemos aumento de pedidos, mas também não reduzimos. Alguns dias tivemos, por exemplo, de 6 a 7 pedidos a mais nessa quarentena. A maior parte dos pedidos está sendo de dia, a noite reduziu um pouco. Se não fosse o delivery, acredito que estaria passando aperto. Estou em um grupo com cerca de 70 empresários, e eles estão relatando muita preocupação e temem quebrar”.
Para a dona do Quero Mais Bolo, no Coronel Antonino, Meiri Collen, o número de pedidos caiu 40% e até dispensou o entregador. “Em dias normais, vendia mais ou menos 70 itens por dia, o que me gerava em média R$ 300. Agora, os pedidos caíram 40 por dia. Como meu marido está suspenso do trabalho, ele quem está fazendo as entregas. O entregador fazia as entregas de bicicleta, mas com a queda, não conseguiria manter o free lancer”, explica.
Já para o comerciante Aparecido Alencar, dono da Coxinhas & Cias, no centro da Capital, as vendas continuam, mas teme que não consiga arcar com as despesas no próximo mês. “Eu reduzi as compras, só compro o que realmente acaba, porque os pedidos não estão saindo muito. Uma coisa tem que compensar a outra. O que o empresário tem que fazer neste momento é reduzir os custos, mas até que ponto reduzir para conseguir se não lucrar?”, desabafa.
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