Por que nas ruas de Campo Grande muitos ainda resistem ao uso da máscara contra coronavírus?

Uso da máscara contra coronavírus ainda divide opiniões em Campo Grande, mesmo com avanço da pandemia de CoVid-19

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O uso da máscara para diminuir o risco de contágio por coronavírus é recomendado por profissionais e obrigatório em várias cidades de Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, nas ruas de Campo Grande ainda é comum ver pessoas que resistem à nova ‘etiqueta respiratória’ imposta pela pandemia de (CoVid-19).

Afinal, porque essas pessoas contrariam uma medida simples que pode proteger a vida das pessoas, como a máscara facial? As justificativas vão desde achar incômodo, até a crença de que seja desnecessário proteger a boca e nariz.

Por isso, o vendedor Jhony Humberto, de 18 anos, ‘acha’ que a máscara não protege porque já existem outras formas de contágio. “Não tem necessidade de usar máscara. Incomoda para malhar, conversar. Eu já não respiro bem e de máscara é pior”, diz.

Uso da máscara evita, sim, Covid-19

Na verdade, ele está errado. O fato é que a OMS e centenas de pesquisas ao redor do mundo comprovam que a máscara facial é efetiva para barrar o contágio aéreo quando uma pessoa infectada espirra perto de você, por exemplo.

Inclusive, a Sociedade Brasileira de Pneumologia cita o uso da máscara como um dos principais meios de prevenir a CoVid-19.

Ainda assim, alguns não se convencem. “As pessoas só usam mesmo nos ônibus, nas lojas ninguém usa. Não acho que proteja alguém. Tem várias formas de pegar a doença. Se alguém encosta no balcão, por exemplo, e eu encosto em seguida eu vou pegar o vírus”, completou.

‘Não tenho medo’

“Não tenho medo. Sei lá”, começa a vendedora Ana Carla, quando questionada sobre não estar usando a proteção facial. “Não estou bem perto das pessoas, sempre procuro manter a distância”, continua.

“Sei do risco, mas não acho que vai acontecer a transmissão. Eu uso óculos e com máscara embaça a visão, a além de dar falta de ar”, complementa.

Ainda no ‘bonde’ dos que ignoram a recomendação, encontramos Ednei Goes. Apesar do medo, o atualmente desempregado, diz não gostar de usar. “Eu sei que estou errado. Devemos usar, mas só coloco em lugares obrigatórios. A máscara está aqui no meu bolso”, afirma.

Ignorar uso da máscara é ‘irresponsabilidade’

Para a auxiliar de limpeza Eliane Arce, 32 anos, não usar máscaras é irresponsabilidade. Ela que trabalha em um hospital de Campo Grande, sabe que não usar a proteção é pôr em risco a vida.

“Eu trabalho em hospital. Não quero pegar. Por isso, uso máscara o tempo todo. Chego em casa, já lavo e tomo banho. As pessoas que não usam são irresponsáveis porque, além de pôr a vida em risco, colocam a dos outros. É falta de consciência. Ouço no hospital os comentários. O estágio final da doença é muito feio”, destaca.

Além disso, ela lembra que muitos, além de não usar, acham que estão certos. “Já vi gente tentando entrar no ônibus sem máscara, o motorista não deixou. A mulher fez um barraco. A pessoa não desconfia que está errada”, conclui.

Opinião compartilhada também pelo funcionário público Magner Magalhães, 40 anos. “Eu uso máscara por questão de saúde e cuidado. A gente recebe as informações sobre o vírus não pode brincar”, diz.

“As pessoas que não estão usando é porque não deram importância. Não sei se é falta de informação ou zelo. Mas tem que tomar cuidado é um risco geral”, relata.

Uso de máscara obrigatório em MS

No entanto, em Campo Grande o uso de máscaras é obrigatório no transporte coletivo urbano desde o dia 4 de maio.

Além disso, nos planos de biossegurança de retomada das atividades, a recomendação da proteção facial está presente para profissionais de todas as atividades.

Levando em conta a orientação das autoridades mundiais, na Capital, o acessório é obrigatório em órgãos públicos municipais desde o dia 11 de maio com base no Decreto n. 14.293.

Enquanto isso, no interior de Mato Grosso do Sul algumas cidades adotaram a obrigatoriedade da máscara. São elas: Ponta Porã, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Juti, Miranda, Coxim, Dourados, Batayporã, Caracol, São Gabriel do Oeste e Nova Andradina.

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