Inovação: Corpus Christi tem tapete com desenhos de crianças e procissão
Sem tradicional tapete no centro da cidade, paróquias celebram Corpus Christi de formas diferentes nos bairros de Campo Grande.
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Sem o tradicional tapete na Rua 14 de Julho, as igrejas católicas de Campo Grande precisaram inovar no Corpus Christi deste ano. Por exemplo, na Paróquia Senhor Bom Jesus, no Bairro Tiradentes, desenho das crianças substituiu o tapete e procissão percorreu ruas da região.
Conforme um dos organizadores da celebração, Paulo Sérgio, a ideia é levar a tradição do centro para as pessoas do bairro. “Tendo em vista que o tapete chama atenção, procuramos trazer para perto as crianças para fazer o tapete. Os desenhos simbolizam a representação da importância do Corpus Christi na vida das crianças”, destacou.
Assim, um corredor foi formado na missa para dar espaço ao tapete das crianças. Então, após a celebração, cortejo com o Santíssimo Sacramento foi feito, sem o acompanhamento dos fiéis. Com apoio da Guarda Municipal, três carros fizeram a procissão para levar a fé para aqueles que não puderam sair de casa.
Além disso, a paróquia passou recolhendo doações de alimentos, que serão entregues a famílias carentes.
Para o padre Márcio dos Reis, a celebração de Corpus Christi “representa verdadeira entrega do corpo de Cristo para a humanidade”. Sobre a tradição em meio a pandemia, o sacerdote diz que “a fé é indispensável, principalmente neste momento”.
Em relação à ideia do tapete ser confeccionado com desenhos das crianças, o padre explica que “com a proibição da realização na 14, as missas foram realizadas em cada paróquia. O tapete é um jeito da criança representar o que Jesus simboliza para ela”.
Criançada participou
Conforme o fiel Reinaldo Gonçalves, representante comercial de 44 anos, a celebração é importante, apesar da pandemia do coronavírus. “A importância sempre teve: é Cristo! Mas a religião está acima”, exclamou.
Então, ele levou a filha, de 8 anos, a sobrinha, de 5, e duas amigas delas, de 11 e 7 anos. “Trazer na missa é tradição da catequese. Os desenhos foram 100% pintado por elas [crianças]. Independente se o tapete é na 14 ou dentro da igreja com desenhos, o que vale é a religiosidade”, concluiu.
Participação de casa
O morador do Bairro Tiradentes, Tiago Gonder, de 38 anos, é um dos que não saiu de casa, mas acompanhou a procissão. “É gratificante passar em frente de casa. Uma benção nessa época de pandemia”, afirma.
Ele realizou a contribuição solidária para a igreja e falou da ligação com a paróquia. “Fui o primeiro a ser batizado lá. Minha mãe é uma das fundadoras. A comunidade é muito importante para mim”, declarou.
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