Fim do coronavírus? Campo-grandenses comentam ‘farra’ de feriado e baixo isolamento
Neste feriado prolongado do Dia da Independência, muitos aproveitaram para viajar, ignorando a orientação das secretarias de Saúde para ficar em casa, medida para prevenir o contágio de coronavírus. Campo-grandenses comentam sobre o baixo isolamento social no Estado. Cuidando dos pais idosos, Waldemir Antônio,48, reclama que a pandemia ainda é vista como um problema distante […]
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Neste feriado prolongado do Dia da Independência, muitos aproveitaram para viajar, ignorando a orientação das secretarias de Saúde para ficar em casa, medida para prevenir o contágio de coronavírus. Campo-grandenses comentam sobre o baixo isolamento social no Estado.
Cuidando dos pais idosos, Waldemir Antônio,48, reclama que a pandemia ainda é vista como um problema distante para muitas pessoas. Segundo ele, moradores estão fadigados de permanecer em casa por um longo tempo.
“Certo não é (sair sem necessidade), mas o povo está contrariando o período. Se acontecesse na família, dariam mais valor. Acho que tem gente não está ‘nem ai’, usam máscara por obrigação e tem os preocupados, como o pai que precisa sustentar e cuidar da família”, disse.
A empresária Roberta Herrero,34, comenta que sentiu falta de mais rigorosidade nas medidas de prevenção das autoridades. Acredita que embora os cuidados básicos, flagra aglomeração nos bairros.
“Quando o prefeito falava sobre as medidas de segurança o pessoal seguia, mas o pessoal acabou relaxando. Estão colocando outras pessoas em risco, além de causarem mais acidentes, o que ocupa leitos que poderiam ser usados para coronavirus. Vejo as pessoas se cuidando, não pode generalizar, mas as pessoas estão saindo.”
O barbeiro Victor Munhoz,26, foi visitar a mãe em Bonito e flagrou aglomeração na cidade turística. “Parecia réveillon, estava lotado. Estava todo mundo confinado, veio o feriado e o pessoal saiu. mas o povo que trabalha com evento, por exemplo, não estão trabalhando, e as pessoas que não aguentam mais ficar em casa, estão se aglomerando.”
Luiz Ariel, 32, reclama que o comércio é obrigado a redobrar os cuidados para evitar o avanço do vírus, porém, percebe que clientes estão cada vez mais se descuidando ao sair de casa.
“Eu sou do comércio, também acredito que 50% se cuida e 50% não. Acho que está mais particularmente a ver com o calor e feriado do que com decreto. A maioria está indo para o lado do ‘cansou’ (de medidas restritivas)”, disse.
Já a auxiliar de cozinha Paloma Stefani,20, opina que muitos se precipitaram na ‘fara’ do feriadão e estão relaxando os cuidados contra a Covid-19. “Depois que acontecer na família vão chorar. Não adianta querer fechar (comércio), ninguém aguenta querer ficar fechado em casa, ainda mais nesse calor. Cansaram faz horas, e isso de ficar trancando e destrancando só prejudica”, finaliza.
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